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"Ele não irá preso, já perdi a esperança", afirma mãe
DA REPORTAGEM LOCAL
Dormir, comer e colocar o
rosto para fora de casa, em Ribeirão Preto, tem sido difícil,
diz Sônia Modanez, mãe de
Diego, morto pelo promotor
Thales Schoedl. Ela afirma estar "com vergonha das pessoas"
depois que o Órgão Especial do
Ministério Público decidiu
manter Schoedl no cargo, com
salário de R$ 10.500 mensais.
"Não consigo sair para a rua.
Eu rezei tanto a Deus, tive tanta
esperança de que ele perdesse o
cargo. Não é justo que ele possa
continuar trabalhando. Vou lutar com todas as minhas forças
para que isso não aconteça."
O julgamento no Ministério
Público foi administrativo.
Ainda falta a decisão da Justiça
sobre o crime de homicídio.
"Mas ele não irá preso. Perdi a
esperança quanto a isso. É rico,
é influente, vai alegar legítima
defesa e nada vai acontecer. Se
ele fosse pobre e tivesse roubado um sabonete, um saco de arroz, aí sim estaria na cadeia."
No julgamento do órgão especial, Sônia não ficou frente a
frente com Thales. "Foi bom.
Não queria ter visto, seria ainda
mais difícil para mim. Tenho
piedade, tenho dó dele, porque
o inferno é aqui [na Terra]."
A vida de Sônia e da família,
diz ela, foi devastada. O irmão
de Diego, conta, mergulhou em
depressão por meses e agora
mora nos EUA. É aluno da universidade de San Diego.
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