São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2007

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"Ele não irá preso, já perdi a esperança", afirma mãe

DA REPORTAGEM LOCAL

Dormir, comer e colocar o rosto para fora de casa, em Ribeirão Preto, tem sido difícil, diz Sônia Modanez, mãe de Diego, morto pelo promotor Thales Schoedl. Ela afirma estar "com vergonha das pessoas" depois que o Órgão Especial do Ministério Público decidiu manter Schoedl no cargo, com salário de R$ 10.500 mensais.
"Não consigo sair para a rua. Eu rezei tanto a Deus, tive tanta esperança de que ele perdesse o cargo. Não é justo que ele possa continuar trabalhando. Vou lutar com todas as minhas forças para que isso não aconteça."
O julgamento no Ministério Público foi administrativo. Ainda falta a decisão da Justiça sobre o crime de homicídio. "Mas ele não irá preso. Perdi a esperança quanto a isso. É rico, é influente, vai alegar legítima defesa e nada vai acontecer. Se ele fosse pobre e tivesse roubado um sabonete, um saco de arroz, aí sim estaria na cadeia."
No julgamento do órgão especial, Sônia não ficou frente a frente com Thales. "Foi bom. Não queria ter visto, seria ainda mais difícil para mim. Tenho piedade, tenho dó dele, porque o inferno é aqui [na Terra]."
A vida de Sônia e da família, diz ela, foi devastada. O irmão de Diego, conta, mergulhou em depressão por meses e agora mora nos EUA. É aluno da universidade de San Diego.

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