CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Quatro integrantes de uma mesma família, entre eles três crianças, foram assassinados, na madrugada de ontem, em Porto Alegre (RS). O crime, de acordo com a polícia civil, tem ligação com o tráfico de drogas.
Foram mortos o chefe da família e seus três filhos, de 11, 10 e 4 anos, cuja mãe, ferida por um tiro, corria risco de morte no hospital.
Júlio César Cunha, 43, que vivia com a família em um sítio no bairro Belém Velho, na zona sul da capital gaúcha, foi encontrado morto com um corte no pescoço e um tiro na cabeça, em um matagal na sua propriedade.
Seus filhos, Thamires, 11, Júlia, 10, e Júlio Lucas, 4, morreram carbonizados dentro da casa da família, de madeira, que foi incendiada. Como o pai, Thamires apresentava um tiro na cabeça.
A mãe das crianças, Ivani Carvalho, 32, também levou um tiro na cabeça e foi internada, em estado grave, na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), sob escolta policial.
Segundo a polícia, houve um telefonema anônimo, avisando que os assassinos voltariam para "terminar o serviço". As mortes teriam ocorrido por vingança.
A polícia soube da chacina por meio de um vizinho da família, que achou estranho o surgimento de fumaça no sítio de Cunha, decorrente do fogo ateado na casa. Os bombeiros foram chamados ao local.
A polícia, que ouviu parentes das vítimas, disse que Cunha não só consumia como escondia drogas para traficantes dentro do seu sítio. Ele não tinha antecedentes criminais.
Os policiais, que descreveram a cena do crime como "chocante", vasculharam o sítio, mas não encontraram nada, nem mesmo dentro de uma vala que teria sido escavada para esconder drogas.
A polícia disse ter suspeitos, mas preferiu não revelar os nomes. Na tarde de ontem, os investigadores receberam uma nova informação que poderia ajudar a esclarecer o caso.



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