DA AGÊNCIA FOLHA

Com 50 LPs e 18 CDs gravados, Roberto Müller diz que "faltou cuidado" na preparação do livro didático e que decidiu entrar com a ação por ter sido prejudicado com a divulgação da "morte". Morando hoje em Recife (PE), ele afirma que faltou profissionalismo aos professores piauienses envolvidos no projeto, que continua em atividade e que decidiu processar os autores quando pensou no dinheiro que perdeu com o erro. Ele só soube do erro no livro didático quando uma pessoa de Teresina ouviu falar de seu show e telefonou para confirmar se ele estava vivo. "No começo achei que era brincadeira", disse. Leia entrevista (JER)

 

FOLHA - Como ficou sabendo que estava "morto"?
ROBERTO MÜLLER - Quando comecei a divulgar um show que faria em Teresina agora em setembro. Algumas pessoas me ligavam e me diziam que eu tinha morrido. Achei que era brincadeira. Aí me mostraram o livro.

FOLHA - O que acha do erro?
MÜLLER - Houve falta de experiência. Falta de cuidado. Um livro didático precisa ter uma pesquisa para poder divulgar as informações.

FOLHA - Por que resolveu pedir uma indenização ?
MÜLLER - Eu pensei em quanto eu perdi com a divulgação da minha morte. Colegas começaram a falar para eu fazer os cálculos de quanto havia perdido com essa notícia. Procurei um advogado e conversei com ele.

FOLHA - O senhor recebeu pedido de desculpas de uma das autoras?
MÜLLER - Só se ela falou algo no rádio. Pessoalmente não recebi [nenhum pedido].

FOLHA - Como está a sua carreira atualmente?
MÜLLER - No Norte e no Nordeste continuo fazendo shows e lançando CDs. Sempre em atividade.


Texto Anterior: "Morto" em livro, cantor processa o Piauí
Índice