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No Parque do Tietê, quatis "ladrões" é que roubam a cena
Gulosos, bichos fazem a alegria da criançada
VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pedalinho, quadras de futebol, piscina, pista de bicicross. Que nada! A sensação
do Parque Ecológico do Tietê, na Penha (zona leste de
São Paulo), são os ativos e
gulosos quatis.
Na trilha ecológica, as
crianças se divertem com os
bichos. E os representantes
da espécie Nasua nasua não
são nada "na deles".
Se alguém oferece um salgadinho, os quatis querem
logo o pacote inteiro. E não
adianta esconder, porque
eles têm ótimo olfato. Tayná
dos Santos, 14, que o diga.
Quando a Folha esteve no
parque, no domingo passado, ela disputava com um
quati sua mochila incrementada. "É que eu dei uma batata frita para ele e depois guardei o pacote aí dentro", afirmou, rindo muito.
Mas logo relembrou episódios menos felizes. "Quando
eu tinha cinco anos, dei uma
bolacha e levei uma mordida
no dedo. Doeu muito!"
Mais à frente na trilha, famílias domingueiras -o parque recebe cerca de 40 mil
pessoas no fim de semana-
se divertem com um bando
de pelo menos 30 quatis.
"Não pode ver uma sacola,
o bicho é viciado!", exclama
um homem. Um menino tenta passar a mão num dos animais, mas acha arriscado.
"Ai, bicho mole", diz a mãe.
Outro garoto, esse bem
menorzinho, desce de sua
motoneta motorizada, avalia
os riscos e, num golpe, arremessa várias bolachas de
maisena no ar. Volta rapidamente para o veículo, talvez
com medo de ser devorado
com os biscoitos.
A cena se repete algumas
vezes, para a felicidade geral
de animais e humanos.
Quando as bolachas acabam, a avó do menino saca
da bolsa um pacote de pipocas japonesas e arremessa
para o neto. Mas o pacote cai
no chão, e os quatis pegam o
saquinho roxo no rebote. Fim
de jogo na Penha!
FOLHA.com
Veja os quatis no Parque
Ecológico do Tietê
folha.com.br/ct822629
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