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3 morrem em acidente com balões em Boituva
19 pessoas voavam em 2 aparelhos quando rajada de vento os atingiu
Empresa turística dona dos balões diz que eles eram novos; 3 aparelhos de outras companhias fizeram pousos forçados
JAMES CIMINO
ENVIADO ESPECIAL A BOITUVA
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
Três pessoas morreram e
11 ficaram feridas na queda
de dois balões tripulados em
Boituva, a 121 km de São Paulo, na manhã de ontem.
Os balões da empresa Passeio de Balão haviam decolado às 7h30, um com dez passageiros e outro com nove.
Cerca de uma hora depois,
eles foram atingidos por uma
rajada de vento.
Eles perderam a altitude e,
com a queda, três pessoas
morreram, entre elas o piloto
Antônio Carlos Giusti, 55. Segundo a Passeio de Balão, os
outros mortos eram de São
Paulo, mas a empresa não
deu detalhes. Nove passageiros ocupavam o balão na hora do acidente.
O balão onde houve mortos caiu sobre uma casa, no
bairro do Pinhalzinho. Segundo relatos das vítimas, o
balão se chocou com o solo
por três vezes. Em uma dessas vezes, o piloto bateu a cabeça e desmaiou.
Com isso, o equipamento
ficou sem controle e caiu sobre a grade da casa, que perfurou o cesto. Os balões
voam em média a 300 metros
de altura nessa região.
O outro balão, com dez
pessoas, caiu num canavial,
perto de Pinhalzinho. Segundo a polícia, na primeira tentativa de pouso quatro passageiros caíram.
Quando um dos passageiros ligou para outro, que ficara no cesto, havia apenas
duas jovens a bordo. Elas pularam do balão quando perceberam que a distância para
o solo era segura. O passeio
custou R$ 250 por pessoa.
Dos 11 feridos, três estão
em estado grave -entre eles
uma criança de três anos.
Três balões de outras empresas também tiveram problemas por causa das rajadas
de vento e fizeram pousos
forçados no mesmo horário.
Johnny Alvarez, 37, piloto
de um desses balões, disse
que eles foram surpreendidos pelo vento. Segundo ele,
a previsão era que haveria
chuvas só durante a noite.
A meteorologia já havia
avisado que haveria a passagem de uma frente fria pelo
Estado ontem. Mas a Passeio
de Balão afirmou à Folha
que o tempo estava bom.
A reportagem apurou, entretanto, que pelo menos
uma empresa deixou de voar
por causa do mau tempo.
Segundo um dos responsáveis pela Passeio de Balão,
que se identificou apenas como Rodrigo, os dois balões
que caíram eram novos -entre oito meses e um ano de
uso. Os pilotos também eram
experientes, disse ele.
Segundo o vice-presidente
da Confederação Brasileira
de Balonismo, Leonel Brites,
esse foi o primeiro acidente
com vítimas na história do
balonismo brasileiro.
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