São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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3 morrem em acidente com balões em Boituva

19 pessoas voavam em 2 aparelhos quando rajada de vento os atingiu

Empresa turística dona dos balões diz que eles eram novos; 3 aparelhos de outras companhias fizeram pousos forçados

JAMES CIMINO
ENVIADO ESPECIAL A BOITUVA

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

Três pessoas morreram e 11 ficaram feridas na queda de dois balões tripulados em Boituva, a 121 km de São Paulo, na manhã de ontem.
Os balões da empresa Passeio de Balão haviam decolado às 7h30, um com dez passageiros e outro com nove. Cerca de uma hora depois, eles foram atingidos por uma rajada de vento.
Eles perderam a altitude e, com a queda, três pessoas morreram, entre elas o piloto Antônio Carlos Giusti, 55. Segundo a Passeio de Balão, os outros mortos eram de São Paulo, mas a empresa não deu detalhes. Nove passageiros ocupavam o balão na hora do acidente.
O balão onde houve mortos caiu sobre uma casa, no bairro do Pinhalzinho. Segundo relatos das vítimas, o balão se chocou com o solo por três vezes. Em uma dessas vezes, o piloto bateu a cabeça e desmaiou.
Com isso, o equipamento ficou sem controle e caiu sobre a grade da casa, que perfurou o cesto. Os balões voam em média a 300 metros de altura nessa região.
O outro balão, com dez pessoas, caiu num canavial, perto de Pinhalzinho. Segundo a polícia, na primeira tentativa de pouso quatro passageiros caíram.
Quando um dos passageiros ligou para outro, que ficara no cesto, havia apenas duas jovens a bordo. Elas pularam do balão quando perceberam que a distância para o solo era segura. O passeio custou R$ 250 por pessoa.
Dos 11 feridos, três estão em estado grave -entre eles uma criança de três anos.
Três balões de outras empresas também tiveram problemas por causa das rajadas de vento e fizeram pousos forçados no mesmo horário.
Johnny Alvarez, 37, piloto de um desses balões, disse que eles foram surpreendidos pelo vento. Segundo ele, a previsão era que haveria chuvas só durante a noite.
A meteorologia já havia avisado que haveria a passagem de uma frente fria pelo Estado ontem. Mas a Passeio de Balão afirmou à Folha que o tempo estava bom.
A reportagem apurou, entretanto, que pelo menos uma empresa deixou de voar por causa do mau tempo.
Segundo um dos responsáveis pela Passeio de Balão, que se identificou apenas como Rodrigo, os dois balões que caíram eram novos -entre oito meses e um ano de uso. Os pilotos também eram experientes, disse ele.
Segundo o vice-presidente da Confederação Brasileira de Balonismo, Leonel Brites, esse foi o primeiro acidente com vítimas na história do balonismo brasileiro.


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