São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2000
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CURITIBA Prefeito quer melhorar imagem na área social Reeleito, Taniguchi lançará plano de intervenção em favelas da cidade RONALDO SOARES DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA Reduzir problemas sociais e a sensação de insegurança da população serão as prioridades do prefeito reeleito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), no início de seu segundo mandato. Para atingir esse objetivo, a prefeitura elaborou um plano de intervenção em favelas que Taniguchi pretende transformar na principal realização de sua segunda gestão. O programa, intitulado "Decidindo Curitiba", prevê a realização de uma série de melhorias em áreas carentes do município. Ao intervir nas favelas, Taniguchi pretende combater o que define como "focos do processo de geração da violência". "São bolsões de pessoas que foram atingidas pela miséria, que tentaram a sorte aqui e se viram em uma realidade diferente do esperado", disse Taniguchi. O prefeito aponta esses bolsões como "responsáveis pela geração do ciclo de violência na cidade". De acordo com levantamento da prefeitura, existem atualmente em Curitiba 262 favelas, onde estão instaladas cerca de 200 mil pessoas cuja renda média mensal é inferior a três salários mínimos. Com o programa anunciado por Taniguchi, que terá duração de quatro anos, a prefeitura quer dar também uma resposta às críticas que o prefeito recebeu em seu primeiro mandato, sobre falta de iniciativa em ações sociais. Nos primeiros dois anos, a prefeitura vai investir R$ 10,5 milhões no programa -os recursos são provenientes do programa Habitar Brasil (R$ 7,5 milhões), do governo federal e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Entre as ações previstas no programa estão a construção de 20 mil casas. O programa depende de aprovação da Câmara dos Vereadores, já que, para implementá-lo, a prefeitura pretende criar 114 cargos de agentes e gestores públicos municipais -que atuarão como intermediários entre o poder público e os moradores de favelas-, em substituição a 90 cargos de assessoria que serão extintos. Texto Anterior: Belo Horizonte: Célio de Castro quer administração descentralizada Índice |
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