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Baixada Santista enfrenta falta d'água
Problema atinge praia da Enseada, no Guarujá, e outros três pontos na Praia Grande; superlotação e calor são as causas
O sistema de abastecimento local está utilizando sua capacidade máxima de produção, que é de 9.000 litros por segundo
FLÁVIO FERREIRA
DO "AGORA"
Cidades da região metropolitana da Baixada Santista já começaram a ser atingidas pela
falta de água tratada, que ano
após ano incomoda muitos turistas nas praias do Estado durante o verão.
O problema está ocorrendo
nos bairros das praias da Enseada, no Guarujá (87 km de
São Paulo), e de Vila Guilhermina, Vila Tupi e Cidade Ocian,
na Praia Grande (86 km de São
Paulo), segundo a Unidade de
Negócios da Baixada Santista
da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo).
O órgão estadual responsável
pelo fornecimento de água diz
que a situação tem como causa
o excesso de consumo que se
verifica na época de festas de
fim de ano.
A população da Baixada Santista, formada por nove municípios, sobe de 1,7 milhão para 3
milhões de pessoas no verão,
número que é ainda maior entre o Natal e o Ano Novo, de
acordo com a companhia. A Sabesp afirma que a superlotação
em algumas praias no período e
o forte calor dos últimos dias
são as causas do problema.
A companhia diz que ainda
não terminou a contabilização
do número de domicílios afetados pela falta d'água.
Capacidade máxima
O sistema de abastecimento
de água tratada da Baixada Santista está utilizando sua capacidade máxima de produção, que
é de 9.000 litros por segundo,
de acordo com informações da
empresa pública.
Esse volume deve ser suficiente para atender à população sem transtornos após a festa de Réveillon, relata o órgão
de saneamento.
Durante a temporada, os moradores da região e turistas devem intensificar a economia de
água, recomenda a Sabesp. Em
caso de emergências, a empresa
pode ser acionada pelo número
de telefone gratuito 195.
Está em andamento uma
concorrência pública para a
construção de mais um sistema
de produção de água na Baixada Santista, no município de
Itanhaém (98 km de São Paulo). A previsão é que a estrutura
aumente em mil litros por segundo a produtividade total da
Sabesp no litoral sul.
As obras do novo sistema devem ter início no final do segundo semestre do ano que
vem, segundo a companhia.
Outubro
No feriado de 12 de outubro,
as cidades da Baixada Santista
também enfrentaram falta d'água. Na ocasião, a falta de chuva
foi a causa apontada pela Sabesp para o problema. A seca
afetou o manancial da Baixada
Santista e a distribuição de
água a áreas pontuais da região.
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