São Paulo, segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

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Baixada Santista enfrenta falta d'água

Problema atinge praia da Enseada, no Guarujá, e outros três pontos na Praia Grande; superlotação e calor são as causas

O sistema de abastecimento local está utilizando sua capacidade máxima de produção, que é de 9.000 litros por segundo

FLÁVIO FERREIRA
DO "AGORA"

Cidades da região metropolitana da Baixada Santista já começaram a ser atingidas pela falta de água tratada, que ano após ano incomoda muitos turistas nas praias do Estado durante o verão.
O problema está ocorrendo nos bairros das praias da Enseada, no Guarujá (87 km de São Paulo), e de Vila Guilhermina, Vila Tupi e Cidade Ocian, na Praia Grande (86 km de São Paulo), segundo a Unidade de Negócios da Baixada Santista da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O órgão estadual responsável pelo fornecimento de água diz que a situação tem como causa o excesso de consumo que se verifica na época de festas de fim de ano.
A população da Baixada Santista, formada por nove municípios, sobe de 1,7 milhão para 3 milhões de pessoas no verão, número que é ainda maior entre o Natal e o Ano Novo, de acordo com a companhia. A Sabesp afirma que a superlotação em algumas praias no período e o forte calor dos últimos dias são as causas do problema.
A companhia diz que ainda não terminou a contabilização do número de domicílios afetados pela falta d'água.

Capacidade máxima
O sistema de abastecimento de água tratada da Baixada Santista está utilizando sua capacidade máxima de produção, que é de 9.000 litros por segundo, de acordo com informações da empresa pública.
Esse volume deve ser suficiente para atender à população sem transtornos após a festa de Réveillon, relata o órgão de saneamento.
Durante a temporada, os moradores da região e turistas devem intensificar a economia de água, recomenda a Sabesp. Em caso de emergências, a empresa pode ser acionada pelo número de telefone gratuito 195.
Está em andamento uma concorrência pública para a construção de mais um sistema de produção de água na Baixada Santista, no município de Itanhaém (98 km de São Paulo). A previsão é que a estrutura aumente em mil litros por segundo a produtividade total da Sabesp no litoral sul.
As obras do novo sistema devem ter início no final do segundo semestre do ano que vem, segundo a companhia.

Outubro
No feriado de 12 de outubro, as cidades da Baixada Santista também enfrentaram falta d'água. Na ocasião, a falta de chuva foi a causa apontada pela Sabesp para o problema. A seca afetou o manancial da Baixada Santista e a distribuição de água a áreas pontuais da região.


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