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Ônibus que ia do ES a SP cai em ribanceira e nove pessoas morrem
O acidente, com veículo da viação Itapemirim, foi próximo a Além Paraíba (MG)
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Um ônibus que saiu do Espírito Santo com destino à capital
paulista caiu em uma ribanceira na BR-116, próximo ao município de Além Paraíba (MG),
anteontem à noite, provocando
ao menos nove mortes -entre
elas a do motorista. O veículo
saíra de Iúna (ES), segunda-feira à tarde, e deveria ter chegado
a São Paulo ontem pela manhã.
Após a queda, de uma altura
de aproximadamente 60 metros, o ônibus caiu em um córrego, que estava com nível acima do normal em razão das
chuvas, e ficou submerso.
"A água começou a entrar e a
correnteza estava forte. Foi difícil sair do ônibus porque era
fechado. A única luz que tinha
ali ficava embaixo das poltronas", disse Vieira, que teve de
quebrar a janela do ônibus e
conseguiu sair do veículo pulando sobre o barranco, sem
entrar no córrego.
Três pessoas estavam desaparecidas até o início da noite
de ontem, enquanto os sobreviventes foram resgatados e levados para hospitais da região.
No ônibus, da viação Itapemirim, viajavam 31 adultos e
quatro crianças. O motorista,
Amarildo de Oliveira Viana, 36,
trabalhava havia quatro anos
na empresa e, segundo a companhia, conhecia bem o trajeto.
A viação Itapemirim informou ontem que uma equipe de
atendimento foi enviada ao local para ajudar feridos e familiares e que profissionais trabalhavam na sede da empresa, em
Guarulhos, e na estação Tietê,
para dar informações a parentes e amigos sobre o acidente.
Segundo a empresa e a Polícia Rodoviária Federal, a pista
não apresentava problemas.
De acordo com os bombeiros,
porém, o trecho da rodovia é estreito e de pista simples, localizado numa área com morros e
curvas e sem guard-rail (proteção de ferro à margem da pista).
O motorista perdeu o controle do veículo após uma curva no
km 790. Chovia na hora do acidente, por volta das 23h.
Equipes de resgate e de mergulho do Corpo de Bombeiros,
além de soldados da Polícia Militar, trabalhavam nas buscas.
Um dos sobreviventes, o servente Tarcísio de Oliveira Vieira, 27, disse que o motorista dirigia em alta velocidade. Ele estava internado em um hospital
de Leopoldina, cidade vizinha.
"Senti que o ônibus tinha
passado em um buraco, e ouvi
um barulho, mas achava que ele
continuava na pista. Estava no
último banco e só percebi que
estava tombando quando fui
arremessado. Tinha muita gente gritando", disse o passageiro,
que, com a clavícula quebrada,
não tinha previsão de alta.
A viação, por meio da assessoria de imprensa, disse ser
prematuro dizer se o veículo
estava em alta velocidade. A
empresa afirmou que controla
eventuais excessos praticados
por motoristas, já que os ônibus
possuem tacógrafos (aparelho
que registra a velocidade).
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