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Estacionar na 25 de Março é mais caro que em shopping

Na região do maior centro popular de lojas do país, paga-se até R$ 20/hora

Estacionamentos elevam preços nos sábados de dezembro; donos chegam a definir o valor a ser cobrado no próprio dia

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

Estacionar o carro na região da rua 25 de Março, maior centro de compras populares do país, está mais caro do que em shoppings de áreas nobres da cidade.

Por hora, paga-se de R$ 15 a R$ 20 para parar nos estacionamentos da av. Prestes Maia, que dá acesso à 25.

O shopping Pátio Higienópolis, em área nobre da região central, por exemplo, cobra R$ 15 por cinco horas.

Os preços na região da 25 são mais salgados até que as garagens VIP, que dispõem de manobristas, dos shoppings de luxo da cidade.

No Cidade Jardim, na região do Morumbi (zona oeste), quem for fazer compras nas lojas chiques Chanel, Daslu e Tiffany&Co, por exemplo, vai gastar R$ 49 por um período de cinco horas no estacionamento VIP.

Aos sábados, para pechinchar em lojas populares de confecção, nos shoppings de produtos orientais e nos camelôs da 25, é preciso desembolsar até R$ 100 durante o mesmo período em garagens das avenidas Prestes Maia e Barão de Duprat.

O valor inflacionado é reflexo das vendas de final de ano, quando a oferta de vagas fica bem menor que a demanda, conforme constatou a Folha na última semana.

Os estacionamentos aumentam os preços nos sábados de dezembro. Em alguns, o valor volta para R$ 8 a hora de segunda a sexta-feira.

Ontem, o funcionário de um estacionamento da região da 25 disse que os preços são definidos na manhã de sábado. "São mais de 20 mil carros para 900 vagas nos estacionamentos conveniados aqui. Dependendo da demanda, o preço é maior", disse o funcionário de uma garagem, que não quis se identificar.

No sábado passado, tanto na região da 25 de Março quanto no entorno dos shoppings havia muito congestionamento. No Pátio Higienópolis, a placa de "lotado" foi colocada na entrada às 13h. A previsão é que neste fim de semana -último antes do Natal- a situação piore.

Desde o início do mês, a maioria dos shoppings da cidade está funcionando até as 23h aos sábados -no restante do ano, funciona até 22h.

ÁRVORE DE NATAL

Nos finais de semana próximos ao Natal, a rua 25 de Março chega a receber 1 milhão de pessoas.

O comerciante Pedro Campos, 33, de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, era um deles no último dia 10. Gastou R$ 250 numa árvore de Natal. Desembolsou R$ 30 no estacionamento, por uma hora e meia. "Mesmo assim vale a pena. Só a árvore custa R$ 400 lá em Mogi", disse ele.

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