Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Grupo tentou matar senador paraguaio

DO ENVIADO AO PARAGUAI

O senador paraguaio Robert Acevedo, 46, do Partido Liberal, conhece bem o PCC. Há um ano e meio suas denúncias fizeram dele um inimigo da facção.

Na manhã de 26 de abril, seu carro foi metralhado por cerca de dez homens no centro de Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã (MS). Levou dois tiros. Dois seguranças morreram.

"Com o Fernandinho Beira-Mar, o tráfico começou a crescer na fronteira. Depois que ele foi preso, outros brasileiros se aventuraram, mas o PCC mostra a cada dia mais força. São violentos e ousados."

Dois paulistas foram presos, mas escaparam do presídio regional em maio, apesar de as autoridades paraguaias terem sido avisadas do plano com sete horas de antecedência pelas autoridades brasileiras.

Às 23h30, um grupo com 15 homens armados chegou ao presídio. Seis presos do PCC estavam em sua cela com prostitutas brasileiras.

O então diretor da unidade, Catalino Díaz, e quatro agentes foram presos. O inquérito, porém, culpou as prostitutas pela fuga.

Acevedo conversou com a Folha, em Pedro Juan Caballero. Chegou ao encontro num carro blindado. Ao seu lado, quatro policiais com fuzis e pistolas.

"Não posso ter rotina. A 'narcopolítica' tem seus candidatos que contam com o apoio desses criminosos e se aproveitam da pobreza desta gente", diz.

"O Polegar [Alexander Mendes da Silva, do Comando Vermelho, preso em outubro] vivia aqui como milionário. Pagava tudo em dinheiro. Ele e a mulher frequentavam festas da alta sociedade", revela.

Há três anos o PCC matou o traficante Peter Quevedo, a quem os brasileiros haviam se associado.

"Há notícias de que Quevedo foi morto após receber 40 fuzis M4. Ninguém sabe onde esses fuzis estão. Melhor não saber."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.