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Aías dos Santos Lopes (1947-2011)

Defensor da publicidade brasileira

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Aías dos Santos Lopes não era publicitário, mas sempre foi muito disputado pelas agências brasileiras, principalmente as cariocas. Economista, assumiu a direção financeira de várias delas.

Mesmo não criando peças, gostava de dar pitacos. Detestava as propagandas de cerveja cheias de "loiras gostosas", pois as considerava uma exploração da mulher.

No entanto, defendia ferozmente a publicidade nacional, que julgava ser uma das mais criativas do mundo.

"Ele costumava dizer que as peças produzidas aqui não deviam nada para as produções europeias", afirma o amigo Humberto Mendes.

Para Aías, a Copa de 2014 e as Olimpíadas seriam "as duas novas portas para a recuperação da marca Rio e do seu mercado publicitário".

Atualmente, era diretor tesoureiro da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda). Também presidiu, por duas vezes, o Sinapro-RJ (Sindicato das Agências de Propaganda do RJ).

Capixaba de Alegre, era apaixonado pelo Rio, cidade que escolheu para viver ainda jovem e onde adquiriu duas manias: ir ao estádio torcer pelo Fluminense e "trocar uma ideia" com os amigos em algum boteco da cidade, tomando uma cervejinha e comendo bolinho de bacalhau.

Muito afetuoso e ligado à família, dizia não entender como as pessoas têm inimigos.

Há quatro anos, descobriu um câncer. Durante esse tempo, conta Mendes, Aías nunca esmoreceu, pois acreditava que a doença deveria ser encarada com coragem.

Morreu na quinta-feira (15), aos 64 anos. Deixa a mulher, Lydia, e dois filhos.

coluna.obituario@uol.com.br

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