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Escritor e jornalista Daniel Piza sofre AVC e morre aos 41

Morreu na noite da última sexta-feira o escritor e jornalista Daniel Piza. Ele sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) em Gonçalves (MG), onde passava o final de ano com familiares.

Piza tinha 41 anos e escreveu 17 livros, o primeiro em 1996. Estudou direito no Largo de São Francisco e começou no jornalismo em 1991.

Ela trabalhou na Folha de 1992 a 1995. Depois, no jornal "Gazeta Mercantil". Em 2000, passou a ser editor-executivo em "O Estado de S. Paulo", no qual tinha duas colunas semanais, sobre cultura e esporte, além de um blog, atualizado até o último dia 28.

Piza lançou três livros de ficção. O primeiro, "As Senhoritas de Nova York", de 1996, traz ecos de seu trabalho como jornalista, inserindo na prosa dissertações sobre Picasso e Dostoiévski.

"Mundois", de 2001, é um livro infantojuvenil, feito em parceria com o artista plástico Sergio Fingermann.

Ele voltaria à ficção apenas em 2011, com "Noites Urbanas", reunião de 28 contos que se passam na São Paulo contemporânea e se entrecruzam em vários pontos.

Seu trabalho como biógrafo também rendeu três volumes: "Ayrton Senna - O Eleito" (2003), "Paulo Francis - Brasil na Cabeça" (2004) e "Machado de Assis - Um Gênio Brasileiro" (2005).

Sua admiração por Paulo Francis (1930-1997) era notória. Além da biografia do jornalista, organizou em 1996 "Waaal - O Dicionário da Corte de Paulo Francis".

Piza reuniu em livro parte de sua produção de crônicas e colunas, como "Questão de Gosto - Ensaios e Resenhas" (2000), "Contemporâneo de Mim - Dez Anos da Coluna Sinopse" (2007) e "Aforismos Sem Juízo" (2008).

Corintiano, editou textos sobre futebol em "Ora, Bolas - Da Copa de 98 ao Penta" (2003). Sua dedicação a retratar personalidades culturais rendeu o volume "Perfis & Entrevistas" (2004).

Nessa obra, além de entrevistados reais, como Ferreira Gullar e Carlos Heitor Cony, incluiu duas conversas inventadas, com o escritor irlandês Oscar Wilde e o poeta português Fernando Pessoa.

O enterro de Daniel Piza está marcado para hoje, às 10h30, no cemitério paulistano de Congonhas, no Jardim Marajoara. Casado com a jornalista Renata Piza, ele deixa três filhos, Leticia, 14, Maria Clara, 10, e Bernardo, 6.