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Folha verão

Baixada tem 60% das praias impróprias

De Peruíbe a Bertioga, maioria da orla está inadequada para banhistas em pleno verão, segundo relatório da CETESB

Sabesp afirma que investiu R$ 1,84 bi em saneamento nos últimos cinco anos em áreas poluídas

EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO

A maior parte das praias da Baixada Santista (SP) continua imprópria para o banho de mar, em pleno verão. Mesmo com a melhoria do saneamento básico na região.

A Sabesp, dentro do programa Onda Limpa, diz que investiu R$ 1,84 bilhão nas cidades da região desde 2007. Mas isso não impediu que neste início do ano 60% das 54 praias monitoradas pela Cetesb, a agência ambiental paulista, estejam impróprias.

O exemplo mais típico é o da cidade de Santos. Mesmo com mais de 99% de cobertura de esgoto, nos últimos três meses apenas em duas semanas todas as seis praias da orla santista estiveram liberadas para o banho de mar.

"Quando chove, somos obrigados a abrir as comportas dos canais. Toda as fezes dos animais, por exemplo, que estão nas ruas, vão acabar no mar", afirma Márcio Paulo, chefe da seção de balneabilidade da Secretaria de Meio Ambiente de Santos.

O problema do esgoto clandestino, das palafitas que existem ao lado do canal do porto, também afeta a qualidade da água, diz Paulo.

O quadro é praticamente o mesmo em cidades vizinhas, como na Praia Grande.

Na cidade existem três emissários de esgoto para o mar após pré-tratamento. O último deles foi inaugurado em fevereiro de 2010.

A prefeitura da cidade, por meio de nota, disse que a queda na balneabilidade das praias ocorre por causa do aumento de turistas na cidade.

A Praia Grande, que tem 260 mil habitantes, passa a contar com mais de 1 milhão de pessoas em seus domínios, diz o poder público.

LITORAL NORTE

Nos municípios do litoral norte os índices de praias impróprias estão menores neste início do ano, segundo os dados da Cetesb.

Em janeiro, das 85 praias monitoradas na região, apenas 15% estão com bandeiras vermelhas e, por isso, não devem receber banhistas.

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