Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Polícia diz que só agiu para liberar o trânsito na rua DE SÃO PAULOA Polícia Militar disse que dois policiais só dispararam bombas e balas de borracha contra viciados que se aglomeravam na rua dos Gusmões, às 23h46 de anteontem, porque eles impediam o fluxo de veículos na via. Em nota, a PM afirmou que a ação ocorreu porque os usuários de crack se negaram a liberar o tráfego depois de serem alertados pelos policiais. A Folha presenciou e registrou em imagens toda a ação e constatou que em nenhum momento os policiais militares alertaram os dependentes de que deveriam sair da rua e liberar o tráfego. De acordo com a corporação, não houve nenhum registro de que usuários de drogas ou policiais tenham se ferido na noite de anteontem e na madrugada de ontem. CRACOLÂNDIA PRIVÊ Ontem, o delegado-geral da Polícia Civil paulista, Marcos Carneiro Lima, informou que vai mandar o Denarc (Departamento de Narcóticos) investigar as cracolândias privês em bairros de classe média de São Paulo. Conforme a Folha revelou ontem, traficantes alugam quartos e salas de apartamentos e casas na Bela Vista, Bixiga, Vila Mariana, Penha e Paraíso para usuários consumirem crack no local. Os espaços são uma espécie de cracolândia privê, onde a pessoa só entra se for apresentada por algum usuário que vive ou frequenta o espaço mediante o pagamento de um aluguel ou estadia. Nos apartamentos, só é permitido ficar no local durante o tempo de consumo da droga. O custo é de R$ 10. Os cômodos das casas são alugados para usuários de drogas por até R$ 300 por mês. "Nunca tinha visto nada parecido com esse tipo de tráfico. Me lembrou das casas de ópio que existiam no passado", afirmou o delegado-geral, referindo-se aos espaços onde usuários consumiam a droga no fim do século 19 e no começo do século 20. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |