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Folha Verão Vias entre praias travam o litoral norte Após enfrentar horas de congestionamento para chegar à região, paulista encontra trânsito intenso nas cidades Percurso de 170 km chega a demorar 5 h para ser percorrido de carro entre Ubatuba e São Sebastião no verão GIBA BERGAMIM JR.ENVIADO ESPECIAL AO LITORAL NORTE Não bastasse o sofrimento em congestionamentos para descer e subir a serra, os paulistas enfrentam calvário parecido para sair das casas de veraneio ou pousadas e chegar à praia preferida no litoral norte de São Paulo. Em São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba, engarrafamentos no acesso às praias entre quinta-feira e ontem pareciam avenidas da capital como Paulista e Bandeirantes no horário de pico. O trânsito é pesado tanto na rodovia BR-101 (Rio-Santos) quanto nas vias às margens da praias. Durante a manhã da última quinta-feira, a Folha demorou cinco horas para fazer o trajeto entre as praias de Itamambuca (Ubatuba) e Baleia (São Sebastião). O mesmo percurso, de cerca de 170 km, seria feito em cerca de duas horas fora da temporada de verão. O drama no engarrafamento, porém, é compensado pela vista do Oceano Atlântico cercando a montanha. Ontem, misturavam-se os carros que já voltavam para a capital e interior com os que queriam aproveitar um pouco mais do domingo de sol. "Ficamos tanto tempo dentro do carro que, quando chegamos à praia, o sol já foi embora", disse a dentista Simone Carvalho, 32, moradora de Taubaté (Vale do Paraíba). Com o filho Rafael, 7 meses, no colo, ela e o marido, o ferramenteiro Ranier Castilho, 37, enfrentaram congestionamentos entre as praias Grande e Lagoinha, ontem. "Vim em busca de ondas, mas está fraco. E ainda tem de encarar trânsito o tempo todo. Com criança é mais complicado", afirmou Castilho, que pratica surf. No sábado à noite, só para atravessar o trecho entre as praias Maranduba e Grande, em Ubatuba _ cerca de 10 quilômetros _ o tempo gasto foi de quase 1h20. OBRAS E CARROS Em São Sebastião, uma obra às margens da pista causa mais congestionamentos na praia de Boiçucanga, no sentido capital. Mais adiante, o já tradicional ponto de estacionamento ilegal no acesso à Praia Preta, às margens da rodovia, fica lotado de carros. Os veículos ocupam o acostamento numa faixa de aproximadamente 400 metros. Os transtornos para conseguir colocar os pés na areia _ e depois para sair dela _ afetam até mesmo as praias consideradas tranquilas, já que engarrafamentos se formavam nas ruas e avenidas à beira-mar em praias como Baleia e Barra do Sahy, também em São Sebastião. Com tantos carros, bom mesmo foi para o eletricista André Ernesto da Silva, 19, que na temporada faz bico de guardador de carros. "Hoje foi bom, consegui lucrar R$ 300", contou na última quinta-feira. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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