Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Centro anticrack será aberto incompleto Setor de saúde do Complexo Prates, que encaminhará dependentes de droga para tratamento, não ficará pronto no prazo Vice-prefeita de São Paulo e secretária de Assistência Social, Alda Marco Antônio admite problema nas obras REYNALDO TUROLLO JR.COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DIÓGENES MUNIZ EDITOR-ADJUNTO DA TV FOLHA Principal investimento da Prefeitura de São Paulo para dar apoio a dependentes de drogas da cracolândia, o Complexo Prates, capaz de atender até 1.200 pessoas ao dia, será inaugurado incompleto. O projeto, cuja construção custará R$ 8 milhões, fica no Bom Retiro, no centro, a um quilômetro da cracolândia. Terá área de recreação, banho e descanso na "supertenda" que já está em pé, e abrigos para adultos e crianças, que também estão prontos para serem abertos na data prometida: 8 de fevereiro. Mas as obras do prédio que abrigará uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial) e um Caps-AD (Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas) ainda estão em fase inicial. Só ficarão prontas no fim de fevereiro, "talvez março", de acordo com a vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Alda Marco Antônio. Assim, os 120 profissionais ligados à Secretaria Municipal de Saúde -médicos, enfermeiros, psicólogos- só terão espaço próprio um mês depois da inauguração. É nesse espaço que ficarão os 11 leitos para observação de dependentes em surto ou em abstinência. Dali, eles poderão ir para internação. A deflagração da operação na cracolândia pela Polícia Militar, ocorrida em 3 de janeiro, antes da inauguração do centro para acolher dependentes, vem sendo criticada pelo Ministério Público. Muitos usuários tentam se internar via AMAs, acabam esperando horas e desistem. A prefeitura afirma que, apesar de problemas pontuais, dá conta da demanda. Mesmo assim, Alda diz lamentar o atraso nas obras do centro de atendimento. "A obra da saúde está um pouco mais atrasada. A plena carga, só final de fevereiro, começo de março. Como nós acreditamos que vamos receber muitos moradores dependentes químicos, era necessário que este espaço nascesse junto com a saúde", disse a secretária e vice-prefeita em entrevista à TV Folha. Mesmo sem o prédio, a assessoria da Secretaria de Assistência Social disse ontem que haverá médicos atuando no local desde sua abertura. Procurada, a Secretaria de Saúde disse que terá uma equipe no complexo já em fevereiro, mas não confirmou se de fato haverá médicos. Questionada sobre qual o tipo de gestão prevista para o complexo, a secretaria disse que firmará parceria, mas não quis divulgar com quem. A Saúde afirmou também que, embora o tipo de contrato com a entidade ainda não esteja definido, conseguirá levar os 120 profissionais ao Complexo Prates até o começo de março, data programada para que o prédio inteiro esteja pronto. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |