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André Penin Santos de Lima (1976-2012)

A missão do arqueólogo paulista

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em 2009, o paulistano André Penin Santos de Lima topou o desafio de ajudar a montar o curso de arqueologia na Universidade Federal de Rondônia. Como professor, assumiu quatro cursos, o dobro do que era exigido.

Filho de um juiz aposentado e de uma advogada, formou-se em direito na PUC em 1998 e em história na USP, em 2000. No começo, trabalhou com direito, na companhia Suzano de Papel e Celulose.

Mas a paixão pela arqueologia foi mais forte. Concluiu o mestrado (2005) e o doutorado (2010) na área, pela USP.

Como técnico em arqueologia, passou pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) de São Paulo e Florianópolis.

O curso em Porto Velho, apesar de distanciá-lo de casa, surgiu como uma grande oportunidade, conta o irmão, Guilherme, economista.

Transformou-se numa espécie de missionário e se alegrava em poder compartilhar seu conhecimento com os alunos. No início, por ser um curso novo, suas aulas não eram tão técnicas. Levava filmes para discutir cultura geral em sala. Também dedicava-se a um museu, que abrigaria peças de uma área alagada por uma hidrelétrica.

Nos momentos de lazer, gostava de praticar judô.

Na quarta, após dois dias tido como desaparecido, foi encontrado morto em casa, aos 35. A polícia prendeu um suspeito, que confessou tê-lo abordado no domingo (8) em seu carro. Levou-o para casa e, depois de asfixiá-lo, roubou equipamentos e o carro.

Foi enterrado ontem, em São Paulo. A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h, na paróquia Santo Ivo, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br

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