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BBB diz à polícia que não foi estuprada

Monique Amin nega sexo e afirma que estava consciente; eliminado do reality, Daniel Echaniz também foi ouvido

Apesar de participantes descartarem crime, investigação continua; cueca e calcinha foram apreendidas

DO RIO
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

A Polícia Civil do Rio disse ontem que a estudante Monique Amin, 23, negou ter sido estuprada pelo modelo Daniel Echaniz, 31, no "Big Brother Brasil 12". Os dois foram ouvidos no Projac (central de estúdios da Globo).

Cada um depôs por 90 minutos e, segundo o delegado responsável pelo caso, Antônio Ricardo, da 32ª DP (Taquara), afirmaram que houve consentimento nas carícias após festa na madrugada de sábado para domingo.

"Ambos negaram ato sexual. Confirmaram que beberam algumas doses de vodca, mas que estavam conscientes. Também confirmaram que se tocaram sob o cobertor."

Segundo o delegado, Monique se recusou a fazer exame de corpo de delito.

Aos outros participantes, a produção do "BBB" afirmou que ausência de Monique na manhã de ontem se devia a uma "ida ao dentista".

Daniel foi expulso do programa anteontem. Segundo a Globo, ele teve "grave comportamento inadequado", "infringido as regras do programa", sem especificá-las.

Após os depoimentos à polícia, a emissora divulgou comunicado em que dizia manter a avaliação sobre o modelo, o que impediria seu retorno ao programa. A justificativa foi repetida pelo apresentador Pedro Bial no início da edição de ontem do "BBB".

"Consideramos que a atitude de Daniel inviabilizou a permanência dele", declarou Bial, após breve relato sobre os depoimentos. O caso também teve espaço no "Jornal Hoje" e no "Jornal Nacional".

Mesmo com a negativa dos envolvidos, a polícia seguirá com a investigação -foi aberto inquérito para apurar se houve "estupro de vulnerável". O próximo passo é a análise das imagens e do material colhido. Foram apreendidas a calcinha de Monique, a cueca de Daniel e a roupa de cama de onde eles estavam.

Para o delegado, pode haver acareação. A polícia não ouviu representantes da Globo e descartou responsabilidade da emissora no caso.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Um procedimento cível foi aberto pela Procuradoria dos Direitos do Cidadão em São Paulo, órgão do Ministério Público Federal, para "apurar divulgação de cena com possível abuso sexual".

Segundo o MPF, a ação visa garantir que Globo "não contribua para o processo de estigmatização da mulher".

O Ministério das Comunicações afirmou que pedirá as cenas do "BBB" transmitidas em TV aberta para analisar se foram mostradas imagens "contrárias à moral familiar e aos bons costumes".

O órgão solicitou que a mesma verificação seja feita pela Anatel, que regula a TV paga. A emissora disse que não foi avisada de nenhuma requisição de imagens, e que por isso não se pronunciaria.

Já o Ministério da Justiça declarou que, como as imagens transmitidas pela TV aberta não mostraram cenas do suposto estupro, a classificação indicativa de 12 anos para o "BBB" não mudará.

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