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'Passivo do poder público é enorme', diz 'pai' do projeto

DO EDITOR DE MERCADO

Em 20 anos, diversas operações urbanas permitiram a elevação da exploração do solo por construtores.

Mas os investimentos viários e a construção de espigões foram o único "ganho" em operações nas avenidas Berrini e Águas Espraiadas ou os túneis sob a Faria Lima.

A urbanização do largo da Batata e a criação de um boulevard JK, na superfície da avenida Faria Lima ficaram no papel.

"É normal que muita gente desconfie que o projeto seja realizado, o poder público tem um passivo enorme", diz Miguel Bucalem, secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo. "Por isso, quisemos o melhor projeto."

O plano-piloto apresentado prevê dois setores residenciais; um polo de comércio e serviços na avenida Rio Branco, com prédios de 20 andares; e um polo de entretenimento na av. Cásper Líbero.

Surgem duas novas praças, um pequeno calçadão e ainda 7 km de ciclovias.

"Essa região tem um grande potencial desaproveitado. Que outra região da cidade tem tantas estações de metrô, trens na Luz e na Júlio Prestes e a Sala São Paulo e a Pinacoteca nos arredores?", pergunta Bucalem. "Temos que trazer mais gente para morar aonde já existe infraestrutura urbana."

Para o arquiteto Fernando Serapião, editor da revista "Monolito", o projeto da Nova Luz é uma "evolução". "Fazer um concurso de arquitetura é um avanço", diz.

"Mas as construtoras só vão participar se tiverem lucro garantido. Há permissão de mais habitante por hectare ali que em qualquer outra parte da cidade, um grande chamariz. Os defeitos só serão visíveis daqui a muitos anos."

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