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Corrida inédita percorre becos e escadarias da Rocinha

	Daniel Marenco/Folhapress
	Competidores da primeira corrida "Rocinha de Braços Abertos", na zona sul do Rio

Mais de 2.500 pessoas participaram ontem da corrida "Rocinha de Braços Abertos", que percorreu ladeiras, escadarias e vielas da maior favela do Brasil, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro.

Foi uma espécie de comemoração do processo de pacificação da região.

A comunidade, onde moram cerca de 70 mil pessoas, foi ocupada pelas forças policiais em novembro, e a corrida foi realizada sob os olhos de dezenas de soldados da PM armados.

Organizada com o apoio do Bope (Batalhão de Operações Especiais), em trajetos de 5 km e 10 km, a prova contou com corredores de 17 Estados brasileiros, além de moradores da favela, para quem cerca da metade das vagas foi garantida pela organização.

Também participaram militares e até o secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. "É um marco para a Rocinha", afirmou.

Sob sol forte e aplausos, corredores se misturavam aos moradores nas ruelas. Em muitos pontos, em vez de setas, havia pessoas apontando o caminho.

Por causa do acesso difícil, vários pontos da Rocinha só podem ser alcançados a pé.

Na prova de 10 km, entre os competidores da comunidade, os vencedores foram Amauri José dos Santos Jr., de 32 anos, que completou em 43min47, e Alba Valéria de Menezes Gomes, 48, que fechou em 59min51.

No percurso de 5 km, os moradores campeões foram Rojany Amarildo de Souza, 45 (22min55), e Andressa de Mesquita, 22 (33min21).