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Adutora se rompe, alaga ruas e deixa 15 mil sem água

Barro tomou vias do Brás e prejudicou o comércio

Apu Gomes/Folhapress
Adutora da Sabesp que se rompeu, ontem, cercada por areia; lama entupiu até os bueiros
Adutora da Sabesp que se rompeu, ontem, cercada por areia; lama entupiu até os bueiros

DO “AGORA”

O rompimento de uma adutora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), na madrugada de ontem, provocou grandes transtornos aos moradores e comerciantes da região do Brás (centro de SP).

Pelo menos 15 mil pessoas foram afetadas na região com a falta d'água. A previsão da empresa era retomar o abastecimento às 23h.

As ruas São Caetano, João Jacinto e um trecho da avenida do Estado, no sentido Santana, ficaram alagadas.

O nível da água chegou a um metro de altura na rua João Jacinto e invadiu um veículo que estava estacionado na via. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interrompeu o tráfego no trecho.

A adutora estava cercada por areia e, com o rompimento, as ruas ficaram todas sujas. O barro invadiu até os bueiros e a Sabesp usou caminhões para bombear a água e tirar a sujeira.

Os moradores de uma pensão na avenida do Estado foram surpreendidos pela água enquanto dormiam.

"Estava dormindo com meus filhos e acordei com o vizinho chamando às 3h. Não dava nem para passar e o bombeiro me ajudou a sair com as crianças", conta a moradora Alexandra Alves, 36, que perdeu roupas e móveis.

"Trabalho de madrugada. Quando me levantei, a água estava no joelho. Até o botijão de gás estava boiando. Corri para acordar todo mundo da pensão", diz o autônomo Sandriolino Barbosa, 37.

COMÉRCIO

A lama invadiu as ruas movimentadas ao lado da tradicional Feira da Madrugada, e impediu a circulação de compradores pelo local.

No fim da manhã, muitas lojas da região estavam fechadas. Quem abriu as portas reclamou do prejuízo. "As pessoas não vieram e quem estava de carro não quis passar pela rua alagada", disse o vendedor Ubirajara Santos, 41.

"Quando cheguei, não dava nem para entrar de tanta lama", conta a vendedora Juliana Araújo, 25, que trabalha em uma loja de araras cromadas na rua São Caetano. Ela estima que o prejuízo do estabelecimento supere R$ 3.000, pois as araras foram atingidas pela água.

Segundo o engenheiro Ivan Barbosa, responsável pelas adutoras da Sabesp, a tubulação rachou na parte inferior, mas as causas da ruptura não foram divulgadas.

A companhia informou que os moradores e os comerciantes serão ressarcidos. O pagamento será feito por cheque nominal ao morador em até 20 dias. Os proprietários terão que apresentar orçamentos dos danos e provar que são donos dos imóveis. (TATIANA SANTIAGO)

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