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José Vieira Machado Júnior (1925-2012)

O banco e as fazendas de laranja

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em 1943, no Dia do Trabalhador, José Vieira Machado Júnior assinou seu primeiro contrato de trabalho, como contínuo na oitava agência do Banco Moreira Salles.

Seria seu primeiro e último registro em carteira. O fato de só ter tido um único patrão na vida o enchia de orgulho.

Filho de um caixeiro viajante português e de uma dona de casa italiana, nasceu em São Simão (SP) e se mudou menino para Araraquara. Aos sete anos, começou como ajudante de entregas.

Como bancário, morou em várias cidades, como Cajuru, Colina, Barretos e São José do Rio Preto. Foi em Colina que José conheceu Jandira, filha do dono do armazém que ficava em frente a sua agência. Ficaram 60 anos casados.

Vinte e quatro anos depois de começar no banco, assumiu o cargo de superintendente. Só sairia da diretoria do Unibanco em 1992, ao se aposentar. No ano seguinte, conta o filho Ricardo, entrou para o conselho fiscal, numa época em que a empresa já contabilizava 700 agências.

Machado do Banco, como era conhecido no interior, comprou propriedades rurais e passou a plantar laranjas em São José do Rio Preto.

Adorava andar pelas fazendas a pé, para saber como estavam indo e para decidir mudanças, conta a família.

Ricardo lembra que o pai era rigoroso, mas também um brincalhão que levantava o astral das pessoas ao redor.

Tinha diabetes e sofreu dois infartos. Morreu no sábado, aos 86, após uma parada cardíaca. Teve quatro filhos, dez netos e três bisnetos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 17h, na catedral de São José do Rio Preto.

coluna.obituario@uol.com.br

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