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Livro raro roubado em São Paulo custa até US$ 60 mil nos EUA

Obras foram incluídas na lista da Interpol; Deic investiga o crime

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Um dos livros roubados anteontem do Instituto de Botânica de São Paulo custa US$ 60 mil (R$ 103,9 mil) em um antiquário norte-americano.

A informação é de um alerta emitido pela Polícia Federal e se refere à obra "Sertum Palmarum Brasiliensium".

Nesse mesmo antiquário, existem também gravuras que integraram exemplares das outras obras roubadas que custam de US$ 500 (R$ 866) a US$ 1.500 (R$ 2.598).

Por conta desse informativo da PF, os 15 volumes de três obras raras roubadas do Instituto de Botânica, na Água Funda, zona sul, entraram para a lista de bens procurados pela Interpol no mundo.

Os livros "Sertum Palmarum Brasiliensium", de 1903 (dois volumes), "Flora Fluminensis", de 1827 (11 volumes), e "Bambusees", de 1913 (dois), estão na lista de obras raras roubadas em 191 países.

Cerca de 33 mil peças constam da lista da Interpol. Desde quando essa lista internacional única foi criada 233 obras foram recuperadas.

Ontem, a investigação sobre o roubo foi transferida pela Polícia Civil da delegacia do bairro para o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

À polícia, Alan Freire de Lima, funcionário do Instituto de Botânica, afirmou que os três ladrões disseram ter uma encomenda internacional. Para a polícia, as obras têm um valor histórico bem maior do que o comercial.

Desde o ano passado, a direção do instituto sabia do risco de ladrões planejarem roubar obras no local.

O órgão recebeu um documento da Polícia Federal no Rio sobre a interceptação de conversas de um preso no Estado que falava sobre possíveis roubos de obras exatamente como as roubadas.

O instituto afirmou que, depois do aviso da PF, tomou medidas de segurança.

Os ladrões chegaram ao órgão em um Ford Focus, por volta das 16h e estavam armados. Também tinham uma lista com os nomes das obras que queriam levar.

Eles renderam dois seguranças, três funcionários e um estagiário. Ameaçada, uma funcionária foi obrigada a abrir o local onde ficavam as obras, fechado por grades.

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