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Folha verão

Jangadeiro conduz passeio para ver cavalos-marinhos

Grupo tem autorização do Ibama; bichos se escondem em meio às raízes dos manguezais e algas submersas

Animais, ameaçados de extinção, são colocados em recipientes de vidro para turista ver; depois, são devolvidos ao mar

FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A IPOJUCA (PE)

Um passeio de jangada pelo mangue, com observação de cavalos-marinhos em seu habitat, é a principal atração para quem visita o Pontal de Maracaípe, praia do litoral sul de Pernambuco a 4 km da badalada Porto de Galinhas.

Apesar de estar perto do agito, o lugar ainda tem ares de praia selvagem. Localizado no encontro do rio Maracaípe com o mar, o Pontal é cercado de vegetação nativa, areia branca e coqueiros.

Os cavalos-marinhos se escondem nas águas calmas, em meio às raízes dos manguezais e algas submersas. Eles são encontrados pelos jangadeiros, que mergulham no canal durante o passeio.

São colocados em recipientes de vidro para serem observados. Depois, devolvidos. Ninguém pode tocar neles. Só os jangadeiros podem capturá-los. Eles são cadastrados na Marinha, na Prefeitura de Ipojuca, e atuam como agentes ambientais do Ibama.

"Focamos nosso trabalho na preservação da fauna e da flora", disse o presidente da Associação dos Jangadeiros de Maracaípe, José Antonio Fernandes Neto, 26.

"Às vezes, ainda nos acusam de maltratar os cavalos, mas se não estivéssemos por perto com certeza eles não existiriam mais. Não iríamos acabar com o nosso ganha-pão." O passeio dura 40 minutos e custa R$ 15/pessoa.

"Nunca tinha visto um cavalo-marinho. Achei o passeio muito bonito", disse a fonoaudióloga Juliana Pimenta, 24, que veio de Uberlândia (MG) para passar a lua de mel no litoral de PE.

Os cavalos-marinhos também podem ser vistos em Porto de Galinhas, no Projeto Hippocampus, coordenado pela bióloga e ex-parceira dos jangadeiros Rosana Silveira.

Lá, há laboratórios de criação e reprodução em cativeiro e uma sala com aquários, onde o visitante pode assistir a um vídeo sobre a vida do animal e receber informações. A entrada custa R$ 4.

Segundo Rosana, o peixe está ameaçado de extinção devido ao comércio ilegal e à degradação ambiental.

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