Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Legião Estrangeira inspirou projeto de Ramos de Azevedo

DE SÃO PAULO

Para projetar o Quartel da Luz, o arquiteto Ramos de Azevedo se inspirou nas fortalezas da Legião Estrangeira Francesa na África, especialmente do Marrocos.

Exemplos disso são elementos como o denteado dos muros (que nos castelos serviam para os arqueiros posicionarem suas flechas), as torres laterais e as guaritas.

Grande parte dos materiais usados na construção era importada, como as telhas francesas, os tijolos italianos e o madeiramento em pinho-de-riga vindo da Rússia.

No pavilhão que divide a Rota e a Cavalaria, as paredes internas são feitas de taipa francesa, técnica parecida com o nosso pau a pique.

Essas paredes foram descobertas nas pesquisas arqueológicas que vão orientar o restauro. Na reforma, detalhes ficarão aparentes e recobertos com vidro.

Na época de sua construção, os soldados moravam no quartel, e havia uma grande preocupação quanto à alta mortalidade nos quartéis europeus. Por isso, os pés-direitos são altíssimos, com cerca de seis metros, e a disposição das janelas foi pensada para favorecer a insolação e ventilação dos cômodos.

Hoje, alguns setores da corporação, como a escola da Cavalaria, operam em locais provisórios. A reforma vai ajudar a deixar a rotina da polícia mais funcional, diz o capitão Cassio Araujo de Freitas, da Rota. "Tudo aqui tem que transpirar organização."

Atualmente, cada obra de manutenção tem de ser aprovada no patrimônio histórico, um procedimento lento e burocrático. "Agora vai ser feito de uma avalanche só", comemora o capitão.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.