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Alunos se queixam de calor em escolas de lata do Estado

Ministério Público apura condições de 3 colégios no Grajaú; estudantes também reclamam de ratos no local

Secretaria da Educação diz que vai vistoriar os locais hoje; pasta afirma que as unidades já são desratizadas

RAFAEL ITALIANI
DO “AGORA”

Pais e alunos de três escolas de lata da rede estadual reclamam do calor e até de ratos nos forros das unidades, os colégios Gaivotas 1, 2 e 3, no Grajaú (zona sul). As unidades devem ser vistoriadas pelos bombeiros a pedido do Ministério Público.

Na semana passada, a Justiça suspendeu as aulas na escola estadual Fazenda do Carmo 3 (zona leste) por falta de segurança.

Do lado de fora, as escolas parecem ser de concreto, já que pouco se vê do metal da parte interna da unidade, que fica atrás da alvenaria.

"A escola absorve tanto calor que à noite continua quente", afirmou o aposentado Pedro Antônio dos Santos, 60, que fez o curso do Educação de Jovens e Adultos em 2011.

A dona de casa Maria Regina da Silva, 41, tem três filhos na escola. A reclamação deles é a mesma: muito calor.

"A diretoria diz que não pode fazer nada."

Já Áurea Lúcia Gomes da Silva, 45, que buscava o neto, disse que ventiladores são insuficientes. "Os poucos que têm, não dão conta", disse.

De acordo com alunos, os forros entre o térreo e o primeiro andar das escolas têm ratos e insetos.

Ainda segundo os estudantes, não há bebedouros com água fresca. "É na torneira mesmo. A água já vem quente", disse um aluno.

OUTRO LADO

A Secretaria de Estado da Educação afirmou, por meio de nota, que vai enviar hoje uma equipe às escolas "para tomar as medidas emergenciais" cabíveis.

Engenheiros da Fundação para o Desenvolvimento da Educação vão avaliar a necessidade de reformas.

Segundo o órgão, as escolas passam por desratização e dedetização periodicamente. A pasta diz ainda que as aulas na Fazenda do Carmo vão começar hoje.

A Fazenda do Carmo 3, em Guaianases (zona leste de SP), foi fechada na última terça-feira por não apresentar condições de segurança.

Vistorias feitas pelos bombeiros em novembro e dezembro do ano passado, encontraram extintores com prazo de validade vencidos, fiação exposta e piso superior instável, entre outros problemas.

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