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Thomaz Rodero Lopes (1930-2012)

Ele se ordenou padre aos 65 anos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

O filho de espanhóis Thomaz Rodero Lopez entrou para o seminário São Camilo, na capital paulista, aos 15 anos. Depois de quatro anos de estudos, teve de interromper a formação. Foi aconselhado por um médico a parar devido a um problema nos olhos.

Ao retornar a Pirangi, cidade onde nascera, a 379 km de São Paulo, o ex-coroinha continuou se dedicando à igreja. Atuou como sacristão.

Paralelamente, auxiliou os pais, muito católicos, no armazém de secos e molhados da família. E trabalhou como servente numa escola, na qual se aposentou depois de completar 26 anos de serviço.

O sonho de ser padre manteve-se vivo ao longo do tempo. Em 1981, foi ordenado diácono e, em 1996, aos 65 anos, tornou-se padre após o Vaticano conceder uma autorização por causa da idade e do seminário incompleto.

Mudou-se para Monte Alto (a 30 km de Pirangi), que, na época, precisava de um padre. Lá, por causa de sua atuação, tornou-se popular. Em 2008, recebeu o título de cidadão monte-altense.

Como conta o professor Alberto Luiz Massabni, Thomaz mesmo antes de ser padre já gostava de conversar e dar conselhos aos mais jovens.

"Vivia para isso", lembra ele, que quer lançar nos próximos meses um livro sobre os "cem piranginenses inesquecíveis", com um capítulo dedicado ao amigo religioso.

Cerca de um ano e meio atrás, engasgou-se com a comida numa celebração de bodas de prata e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ficou com a saúde debilitada.

Morreu na sexta, aos 81, após uma pneumonia. Seu velório atraiu uma multidão.

coluna.obituario@uol.com.br

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