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Dia mais quente do ano tem trânsito, granizo e apagões

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O paulistano sofreu ontem: viveu o dia mais quente desde 2007, viu disparar os índices de poluição e enfrentou chuva de granizo, alagamentos e nó no trânsito.

Segundo os termômetros do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a temperatura chegou a 34°C em SP, a segunda maior desde 2003.

Com o clima seco, os índices de poluição ficaram críticos: cinco pontos da cidade tiveram o ar classificado como ruim segundo a Cetesb, agência ambiental paulista.

O calor fez a umidade relativa do ar baixar, o que provocou uma corrida por medicamentos para aliviar as vias nasais, que tiveram um aumento de 25% na procura em farmácias de Higienópolis.

"Não há estudo que mostre que esta temperatura cause riscos à saúde, mas as pessoas idosas devem ter cuidado com a hidratação", afirmou o cardiologista Luiz Antônio César, do InCor.

No final da tarde, a cidade teve um refresco. Ou quase. Uma chuva, que chegou a deixar a cidade em atenção, fez as temperaturas baixarem, mas provocou alagamentos, quedas de árvores e pane em alguns semáforos. Há relatos de queda de granizo em bairros das zonas oeste e sul.

Por volta das 17h, queda em um transformador na alameda Tietê deixou parte dos Jardins sem energia elétrica.

Até a conclusão desta edição, o Lellis Trattoria, na rua Bela Cintra, permanecia sem luz e os clientes jantavam à luz de velas. O restaurante era o único estabelecimento da rua às escuras.

"Pelo menos o clima ficou romântico", afirmou o proprietário João Lellis, que disse também que em 28 anos era a primeira vez que o local ficava tanto tempo sem luz.

A Aclimação também chegou a ficar às escuras.

A chuva deixou intransitável a 23 de Maio. Outros 16 pontos ficaram alagados, dentre eles a marginal Pinheiros e a Rebouças.

Às 19h, a cidade registrou 151 km de congestionamento, trânsito acima da média.

O recorde de calor foi atingido após seis dias seguidos de altas temperaturas, mas os dias quentes têm prazo para acabar: as temperaturas diminuirão até sexta, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências.

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