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Polícia e bombeiro do Rio decidem hoje se vão parar

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Uma assembleia marcada para hoje, às 18h, decide se as polícias Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros do Rio entram em greve a partir de amanhã.

O governo do Rio passou o dia tentando evitar a paralisação às vésperas do Carnaval.

De um lado, mudou a proposta de aumento salarial que será votada à tarde na Alerj, reduzindo o prazo para os reajustes e oferecendo novo aumento até fevereiro de 2014.

De outro, o governador Sergio Cabral passou o dia em contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, traçando uma estratégia caso a greve seja decretada.

Cabral convocou reunião com o secretário de Segurança José Mariano Beltrame, assessores e militares do Exército.

Beltrame apresentou ao governador um plano de emergência em caso de greve.

Entre as propostas está a utilização de militares nas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), substituindo soldados que aderirem ao movimento.

À tarde, policiais e bombeiros consideravam ruim a proposta de 39,4% de reajuste, escalonado em quatro parcelas a serem pagas até outubro de 2013, e se mostravam irredutíveis para a greve.

À noite, o governo propôs pagar todas as parcelas até fevereiro de 2013 e não mais em outubro. Prometeu ainda um reajuste dobrando o valor da inflação entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014, auxílio-transporte no valor de R$ 100 e garantia de gratificações a policiais afastados por acidentes de trabalho.

As três categorias se reuniram para avaliar a nova proposta do governo estadual, mas mantiveram a assembleia para hoje.

Em outra medida, o "Diário Oficial" publicou ontem ato de Cabral modificando as regras de promoções na PM e no Corpo de Bombeiros.

Se decidirem pela greve, as três categorias prometem manter 30% do efetivo para atender a casos de emergência, mínimo exigido por lei.

OUTROS ESTADOS

As associações de polícia do Espírito Santo, que também ameaçam parar, pretendem se reunir até o dia 15 para tomar uma decisão.

Já a polícia de Alagoas espera que o governo responda hoje se aprova as reivindicações. Caso a proposta não seja aceita, as associações pretendem se reunir para decidir se entram em greve.

Colaborou JEAN-PHILIP STRUCK

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