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Plano de saúde demora seis dias para atender paciente com Aids Família diz que houve lentidão para transferência de hospital CLÁUDIA COLLUCCIDE SÃO PAULO O plano de saúde Golden Cross demorou seis dias para autorizar atendimento adequado a um paciente com Aids em São Paulo. Um professor de 44 anos teve a doença diagnosticada há 15 dias, no hospital Nossa Senhora de Lourdes, na zona sul. Ele chegou ao hospital com febre alta, enjoo e uma anemia severa, provocada por sangramento digestivo. Os exames revelaram um sarcoma de Kaposi no estômago. Esse câncer é raro em pessoas com o sistema imunológico íntegro, mas é comum em quem tem Aids. O advogado Guilherme Lacombe, amigo do paciente, diz que, na sexta-feira passada, os médicos recomendaram a transferência do paciente para outro hospital porque no local não há infectologistas, especialistas essenciais no manejo da Aids. "Ligamos várias vezes para a Golden Cross. O plano dizia que mandaria um infectologista para examiná-lo, o que nunca ocorreu." O professor foi transferido para o hospital Bandeirantes ontem. Ele começa hoje a usar o coquetel anti-Aids e o tratamento para o câncer. Carlos Henningsen, da ouvidora da Golden Cross, diz que, embora o pedido de transferência esteja datado de sexta, a empresa só o recebeu na segunda e, desde então, iniciou o processo de mudança. A operadora nega negligência, mas diz que os fatos estão sendo apurados. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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