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Zulmira Pesqueira Mendonça (1934-2012)

Uma positiva professora de francês

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A professora Zulmira Pesqueira Mendonça considerava que os pais, apesar da origem simples, tiveram a sensibilidade de perceber que ela gostava de estudar e, por isso, investiram no que queria.

Paulistana, era filha de imigrantes portugueses que tiveram um supermercado.

Zulmira estudou no colégio Rio Branco antes de entrar no curso de letras da USP. Formou-se em 1956, junto com o marido, Antônio. Ela se tornou professora de francês; ele, de latim e grego.

Terminados os estudos, foram dar aulas no Estado. Ela escolheu lecionar em Lucélia (SP), onde morava a mãe de Antônio. Ele ficou na capital, onde vivia a mãe de Zulmira. Nesse período, cada um morou com sua respectiva sogra.

Passaram por Marília e Pompéia, no interior. E moraram na França, onde Antônio deu aulas de português. Nos últimos 40 anos, viveram na Vila Madalena, na capital.

Aposentou-se como funcionária pública em 1984, mas continuou ativa. Foi professora do Santa Cruz, Bandeirantes e Santo Inácio.

Dizia que lecionar (palavra que gostava de usar) era uma forma de continuar jovem.

Adorava viajar, especialmente para Aix-en-Provance, onde morou na França.

Há nove anos, teve um câncer de mama. Reunia-se com um grupo de amigas mastectomisadas (que tiveram de remover a mama) toda semana. Ensinava francês a elas. Positiva e generosa, gostava de costurar, lembra a família.

Morreu na terça, aos 77, devido ao câncer. Teve três filhos e quatro netos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 20h, na igreja Nossa Sra. de Fátima, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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