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Isolados, grevistas no Rio pedem soltura de líderes

DENISE LUNA
DO RIO
FERNANDO MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

Pedidos de libertação dos líderes presos por causa da greve convocada há quatro dias substituíram as reivindicações salariais no protesto realizado ontem no Rio por bombeiros e policiais, que reuniu cerca de 200 pessoas na orla de Copacabana.

Com a greve esvaziada pelas medidas punitivas do governo do Estado e a decisão de um dos sindicatos da Polícia Civil de suspender a paralisação, uma assembleia hoje às 18h decidirá o rumo do movimento, também enfraquecido pela volta ao trabalho dos policiais baianos.

A segurança na cidade não tem sido afetada. Ontem, o policiamento nos desfiles de blocos estava normal.

Até ontem, 27 líderes grevistas -dez bombeiros e 17 PMs- estavam presos no presídio de Bangu 1 (zona oeste do Rio) e no quartel da PM em Benfica (zona norte). Eles responderão a processos criminais sob as acusações de motim e incitação a ato ilegal.

Mais 162 bombeiros estão em detenção administrativa por falta ao trabalho. Também há mandados de prisão ainda não cumpridos contra um PM e dois bombeiros.

Segundo parentes, os detidos estão incomunicáveis e alguns em greve de fome.

Paulo Nascimento, 1º sargento do Grupamento de Socorro de Emergências dos Bombeiros, estava com a prisão administrativa decretada e disse que iria se entregar ontem, mas continuaria lutando pelos colegas presos.

O protesto dos grevistas não teve adesão popular -ao contrário do ocorrido em junho de 2011, quando houve manifestações em favor de bombeiros em greve. Na ocasião, eles haviam sido chamados de "vândalos" pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), depois de invadirem um quartel da corporação.

Cabral não falou sobre a greve no fim de semana. Apenas os comandos das três corporações davam informações.

As três categorias rejeitaram um aumento aprovado na sexta-feira que eleva de R$ 1.277 para 1.969 o salário-base de PMs e bombeiros. Elas reivindicam um piso unificado de R$ 3.500.

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