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Evandro Dias, 29

'Os traficantes que mataram meu irmão estão soltos'

DOS ENVIADOS A SALVADOR
DE SALVADOR

O medo faz com que a pensionista Cleusa Pereira Dias, 67, e sua filha Cristiane, 32, só saiam de casa, no bairro Lobato, periferia de Salvador, em casos de necessidade.

"Os traficantes que mataram meu irmão estão soltos, andam normalmente por aqui. Só Deus para saber se a polícia vai prendê-los", contou Cristiane, desempregada.

No último dia 3, o manobrista Evandro Dias, 29, levou nove tiros enquanto tomava cerveja em um bar do bairro.

Foi uma vingança de traficantes de drogas porque o rapaz, horas antes, havia ajudado o cunhado, policial militar, a perseguir pela rua um suspeito de furto.

"Aqui já era perigoso, mas, depois da greve [da PM], ficou pior. Ainda está. Esses que mataram meu irmão mataram outros dois meninos. Meu irmão tinha uma filha de um mês", contou Cristiane.

A poucos quilômetros dali, em Massaranduba, a lei do silêncio prevalece porque traficantes também deram demonstrações de força durante a paralisação.

Na esquina da rua Lopes Trovão com o beco do Ipu, Jonathas Henrique de Azevedo dos Santos, 23, foi morto com vários tiros por dois homens de moto no último dia 9. Moradores dizem não ter visto nem ouvido nada.

Um comerciante, que pediu para não ser identificado, disse que Santos foi morto por dívida de droga.

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