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Kassab diz que tarifa de ônibus não sobe em 2012

Em ano eleitoral, prefeito afirma que 'não há necessidade' de subir passagem

Em 2011, tarifa teve reajuste de 11%, o que gerou protestos por ter sido superior a inflação do período, de 6%

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

Em ano eleitoral, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), não pretende aumentar a tarifa de ônibus.

Kassab admitiu ontem, pela primeira vez, que não pretende conceder o reajuste. Segundo ele, "não há necessidade" do aumento.

No ano passado, o prefeito sofreu uma série de protestos liderados pelo Movimento Passe Livre, ligado a partidos de extrema esquerda, contra o aumento da tarifa.

Desde 5 de janeiro de 2011 a passagem custa R$ 3 na cidade. O aumento concedido na época foi de 11,11%, bem maior que a inflação do período, de 6,03%.

Na época, vereadores de oposição -a maioria do PT, que agora negocia uma aliança com o prefeito para a eleição deste ano- acusavam Kassab de conceder um aumento superior à inflação para evitar ter de conceder novo reajuste em ano eleitoral.

De acordo com Kassab, o reajuste da tarifa "não está em questão nem sendo debatido". Ele alertou, no entanto, que ainda não é uma decisão definitiva do governo e que a medida pode mudar a qualquer momento.

"Eu tenho alertado sempre que o objetivo da prefeitura é sempre dar o maior subsídio possível para que tenhamos a menor tarifa possível", afirmou o prefeito.

O subsídio que consta do Orçamento deste ano é de R$ 660 milhões, 10% acima do concedido em 2011.

CONTRATOS

Prefeitura e empresas de ônibus estão em pleno processo de renegociação dos valores dos contratos. As empresas recebem pelo custo do sistema de transporte coletivo. Porém, a tarifa mais o subsídio concedido pela prefeitura precisam cobrir o custo.

Se o subsídio não for suficiente para "fechar a conta", a prefeitura precisa aumentar o valor do subsídio ou aumentar a tarifa.

O sistema de transporte sobre trilhos -trens e metrô- já aumentou a tarifa neste ano: a passagem subiu para R$ 3 no último domingo.

Agora, as tarifas do metrô, trens e ônibus voltaram a ficar iguais. Nos últimos três anos, o metrô foi mais caro que os ônibus, o que, para especialistas, poderia levar usuários a trocar de sistema.

Com o aumento do metrô e do trem, o Bilhete Único integrado comum foi reajustado de R$ 4,49 para R$ 4,65, o que significa aumento de 3,56%.

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