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Thales de Menezes

No sofá

Há dois tipos de locutor de TV no Carnaval: o que berra ao ver uma bunda e o que perde a fala

Cardápio invariável NA TV: avenida na Globo, rua na Band e baile nas madrugadas das outras emissoras. O clima carnavalesco, ou talvez o álcool carnavalesco, deixa qualquer repórter sisudo com vontade de ter seu momento CQC. Mas sobra cara de pau e falta originalidade.

Diante de um travesti no baile, nenhum deles resiste e pergunta como o entrevistado consegue esconder "a coisa" no biquíni minúsculo. Ao que parece, uma curiosidade universal.

Mas quem sofre com a mesmice do Carnaval são os locutores de TV. Eles se dividem em dois tipos.

Você vê a diferença quando aparece em close na tela uma bunda feminina avantajada. Bem, se não fosse avantajada não mereceria o close.

Os locutores reagem de duas maneiras. Tem o entusiasmado que berra "Que beleza!" e tem o que perde a fala por alguns instantes.

Este depois emenda, meio sem jeito, algum texto genérico, do tipo "O tema da escola neste ano, como já falamos...". E a bunda continua ali.

O segundo tipo, provavelmente, também estaria no sofá se folgasse naquele dia.

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