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Horário político

Lula e referências à ditadura tomam 2ª noite do Carnaval de São Paulo

Eduardo Anizelli/Folhapress
Marisa Letícia, mulher de Lula, ao lado de Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians
Marisa Letícia, mulher de Lula, ao lado de Andres Sanchez, ex-presidente do Corinthians

DE SÃO PAULO

Muita política. A segunda noite de desfiles no Sambódromo do Anhembi foi tomada pelo tema, com imagens do ex-presidente Lula, carros alegóricos com referências à ditadura, além de deputados, senadores e vereadores ocupando a passarela do samba.

A Gaviões da Fiel, penúltima a desfilar na madrugada de ontem, contou a trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva, que, em tratamento contra um câncer, não pôde ir à avenida por recomendações médicas.

Para representá-lo, desfilou Marisa Letícia, sua mulher, ao lado do ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez e de ídolos corintianos.

Um telão, colocado no carro que levava a ex-primeira-dama, exibia imagens de diferentes fases do político e um vídeo, legendado, em que Lula explicava sua ausência.

A Gaviões abriu o desfile com a comissão de frente mostrando a história do petista por meio da literatura de cordel. Um garoto, um operário e um presidente representavam cada etapa de sua vida.

Entre as alas, havia a da carteira assinada e a da moeda forte, cujos integrantes usavam fantasias com notas de real -a moeda foi implantada em 1994, durante o governo de Itamar Franco, que teve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como ministro da Fazenda.

Uma das surpresas foi a troca de roupas dos integrantes da bateria, no recuo, durante a "paradinha". Caracterizados como operários barbudos, transformaram-se em presidentes da República.

O desfile também teve o ator Fábio Assunção como o motorista do Rolls-Royce que levou Lula durante a posse.

A Gaviões lembrou dos problemas do ex-presidente com a ditadura militar.

O período da história do país já havia aparecido no segundo dia de desfiles, com a Águia de Ouro, escola da zona oeste da capital paulista que relembrou a repressão.

Com enredo sobre a tropicália, mostrou uma representação polêmica da morte do jornalista Vladimir Herzog (assassinado sob tortura no DOI-Codi, em 1975, mas apresentado como suicida pelo regime). Um passista de branco balançava-se com a cabeça presa a uma corda.

OUTROS POLÍTICOS

Fora da passarela, a política também tomou conta. Circularam pelos camarotes pré-candidatos à Prefeitura de SP, como Fernando Haddad (PT), Soninha Francine (PPS) e Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB). Entre os tucanos, apenas Bruno Covas apareceu.

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MOCIDADE FOI BEM
Bateria
Ritmistas da Mocidade Alegre, com suas paradinhas e coreografias

TOM MAIOR FOI MAL
Carro alegórico
Uma figura em alegoria da Tom Maior entrou na pista sem um dos braços

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O que rolou

Dragões da Real
A escola emocionou o sambódromo ao homenagear as mães brasileiras

Águia de Ouro
Cantando a Tropicália, se destacou com a presença de ícones da MPB

Tom Maior
Falando sobre a paz, a es­cola teve uma ala dedicada a figuras como Zilda Arns.
O principal carro fazia referência às UPPs do Rio

Mocidade Alegre
No recuo da bateria, a rainha, Aline de Oliveira, foi suspensa por um carrinho, onde permaneceu tocando bumbo

Unidos de Vila Maria
Uma das alas mais criativas simulava um baile de forró na avenida

NO IPAD

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folha.com/appcarnaval

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