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Análise Lula e Gaviões se unem para sair da 'fila' em São Paulo VERA MAGALHÃESDE SÃO PAULO Carnaval, futebol e drama médico. Se a vida de Luiz Inácio Lula da Silva precisava ainda de ingredientes para reforçar seus contornos míticos, os últimos meses trataram de fornecê-los. E como Lula é político em tempo integral, tem mostrado que saberá aproveitar todas essas brechas para tentar emplacar seu projeto atual: fazer o PT acabar com a hegemonia do PSDB em São Paulo. Assim, caiu como uma luva o enredo de cordel que a Gaviões da Fiel compôs para levar a vida do operário nordestino que chega à Presidência para o sambódromo. Lula queria estar lá, por saber do potencial midiático de sua presença -doente, mas altivo- no carro alegórico. Insistiu, e só não foi porque seus médicos proibiram. Ainda assim, o azeitado aparato de marketing que o assessora fez o serviço completo: um Lula abatido, sem voz e com uma enorme cicatriz no pescoço gravou vídeo agradecendo a homenagem. A ex-primeira-dama Marisa Letícia foi escalada para representar o marido na escola, e imediatamente a assessoria de Lula passou a ventilar a possibilidade de que ele vá ao desfile das campeãs -excesso de confiança ou uma leve pressão? Tanto para Lula quanto para a Gaviões, a "aliança" no Carnaval atende a todos os critérios da conveniência, para além da genuína proximidade do corintiano Lula com a escola ligada ao time. Uma vitória de um enredo exaltando Lula terá o condão de projetar ainda mais sua figura numa eleição desde já dominada por sua influência. Para a escola, uma associação com o carisma lulista é a chance de vencer no Grupo Especial depois de nove anos. Tanto a escola quanto o PT veem Lula como arma para sair da "fila" em São Paulo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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