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Baião de barros

Unidos da Tijuca, do carnavalesco Paulo Barros, vence Carnaval do Rio com homenagem a Luiz Gonzaga

William Volcov - 21.fev.2012/Brazil Photo Press/Folhapress
Alegoria do desfile da Unidos da Tijuca, que desfilou namadrugada de terça
Alegoria do desfile da Unidos da Tijuca, que desfilou namadrugada de terça

PEDRO SOARES
DO RIO

A Unidos da Tijuca foi campeã do Carnaval carioca pela terceira vez com uma festa de coroação de Luiz Gonzaga, o rei do baião, criada pelo carnavalesco Paulo Barros.

Obtida com dois décimos a mais do que o vice Salgueiro, a segunda vitória da escola em três anos coroa o estilo de "carnaval espetáculo", inaugurado pelo carnavalesco em 2004 com suas alegorias vivas, mas que demorou até 2010 para conquistar um título.

Ao longo do tempo, Barros aperfeiçoou o acabamento de alegorias e fantasias. Neste ano, impressionou com carro e ala inteira com integrantes que pareciam feitos de terracota como se fossem esculturas do mestre Vitalino. Mas o único décimo que perdeu foi no quesito "alegorias e adereços".

Ontem, em comemoração na quadra da escola, o carnavalesco disse que o título é uma resposta àqueles que dizem que ele nunca havia feito um enredo sobre a cultura brasileira. "Agora, pode vir outro que eu abraço."

Neto de Luiz Gonzaga, que faria cem anos neste ano, o músico Daniel Gonzaga elogiou a bateria, que introduziu a zabumba e o triângulo típicos do baião. "Foi a união dos dois principais ritmos do país", afirmou.

VICE

O Salgueiro, apesar dos problemas no quesito evolução com a demora dos carros em entrar na avenida, ficou com o vice-campeonato com alegorias e fantasias impecáveis do carnavalesco Renato Lage e enredo sobre literatura de cordel.

Tida como uma das favoritas, a Vila Isabel ficou em terceiro ao falar de Angola, com bom samba e a força do canto da escola. Só perdeu notas em bateria e alegorias.

Surpreendente foi a Beija-Flor, que fez um carnaval grandioso, mas ficou em quarto.

Num raro erro técnico, a escola saiu em desvantagem ao perder um décimo pela comissão de frente não ter se apresentado ao jurados no setor 3. Perdeu ainda pontos em enredo (sobre São Luís do Maranhão) e comissão de frente, que enfrentou problemas.

Também voltam ao desfile das campeãs, no sábado, Grande Rio e Portela.

Inovadora, a "paradona" de mais de dois minutos da bateria da Mangueira para abrir espaço para uma "roda de samba", em homenagem ao Cacique de Ramos, não tirou pontos da escola.

Os problemas foram os mesmos dos últimos anos: alegorias, fantasias e falta de apuro técnico.

Em meio a surpresas, a União da Ilha, em oitavo, ficou à frente das tradicionais Mocidade (9º) e Imperatriz (10º). Porto da Pedra e Renascer de Jacarepaguá, que estreava no grupo especial, foram rebaixadas. A escola Inocentes de Belford Roxo subiu para o Grupo Especial.

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