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Olímpio Gabriel (1925-2012)

Bibe, um Zidane da Ponte Preta

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

"Outro dia, estava vendo pela TV esse Zidane em ação. É um craque. Quem ele me lembra? Bibe", escreveu nesta Folha, em 1998, o jornalista Alberto Helena Júnior.

Bibe é o apelido que o meia-esquerda Olímpio Gabriel, quinto maior artilheiro da história da Ponte Preta de Campinas (SP), carregava.

"Como jogava? Assim, do jeitinho desse Zidane: calmo, inteligente, discreto, um tanto lentamente, como quem não espera muita coisa da vida, a não ser um cantinho na memória do torcedor", continuou o jornalista.

Nascido em São Paulo, Bibe começou a carreira no Clube Atlético Ypiranga. Saiu de lá para jogar, nos anos 50, no São Paulo. Em 1953, foi para a Ponte Preta, mas não para Campinas. Do Ipiranga, seu bairro, não queria sair. Viajava todos os dias para treinar.

Em entrevista recente aos jornalistas André Pécora e Stephan Campineiro, autores de "Ponte Preta: a Torcida Que Tem um Time" (2010), a mulher do jogador, Elydia, revelou que nunca conheceu Campinas, onde o marido atuou por dois períodos (de 1953 a 1959 e de 1961 a 1963). Entre as duas temporadas, retornou ao São Paulo FC.

Camisa dez e capitão, gostava de dizer que nunca havia sido advertido por um árbitro. Em 348 jogos pela Ponte Preta, anotou 88 gols.

Depois de pendurar as chuteiras aos 37 anos, trabalhou como inspetor de cobrança do grupo Matarazzo, onde ficou até o fim dos anos 90.

Continuou acompanhando as partidas da antiga equipe e torcendo por ela.

Em 2008, passou a sofrer de Alzheimer. Morreu na sexta-feira (17), aos 86 anos.

coluna.obituario@uol.com.br

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