Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Cheias no Acre afetam transporte e fecham escolas e postos de saúde

Voluntário de 19 anos morreu eletrocutado após barco bater em fio

FELIPE LUCHETE
DE SÃO PAULO

As cheias no Acre já atingiram mais de 114 mil pessoas, alagaram 22 mil casas só em Rio Branco e afetam transporte e serviços essenciais. Até os Correios suspenderam o envio de cartas para o Estado.

Ao menos uma morte foi registrada. Alan Felipe de Souza Marinho, 19, que atuava como voluntário, foi eletrocutado ontem após bater em um fio de eletricidade. Ele estava em um barco de alumínio.

Segundo a Polícia Militar, o fornecimento de energia elétrica estava suspenso no bairro 6 de Agosto, mas uma ligação clandestina foi feita.

Em Rio Branco, onde 38 bairros e 14 comunidades rurais foram afetados, unidades de saúde foram fechadas, e as aulas de 35 escolas públicas, canceladas. A Câmara Municipal, alagada, também suspendeu os trabalhos.

No centro de triagem dos Correios, as atividades foram paralisadas por tempo indeterminado porque as ruas próximas estão alagadas.

O governo decretou mais um dia de ponto facultativo.

O ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional) definiu a situação como "a maior inundação da história do Acre". Ele sobrevoou a região ao lado do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e prometeu R$ 5 milhões para a capital e o Estado.

O nível do rio Acre subiu ontem para 17,56 m em Rio Branco, ficando a 10 cm da maior cheia histórica, em 1997.

Oito cidades já decretaram situação de emergência, de acordo com a Defesa Civil Estadual, e outras duas sofrem alagamentos -o Estado tem 22 municípios. Ao todo, há 10.361 desabrigados.

A previsão é de mais chuvas para os próximos dias, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

As cheias na região amazônica também tendem a continuar. "Mesmo se parasse hoje de chover poderíamos ter uma grande cheia, porque as chuvas que ainda caem na região da cordilheira dos Andes têm influência nos rios", diz Lúcia Gularte, do Inmet.

Colaborou KÁTIA BRASIL, enviada a Rio Branco

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.