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João Marques da Costa Filho (1928-2012)

Joca, 'maestro' e amigo de Sinatra

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

"Um virtuose que não tocava nenhum instrumento, um magnífico regente que não lia partituras", escreveu em seu blog o compositor Edgard Poças sobre o primo João Marques da Costa Filho.

Embora não fosse músico, Joca, como o conheciam, era chamado de maestro pelo conhecimento que tinha de música (jazz, principalmente).

Engenheiro químico, trabalhou na indústria de tintas Cil, fundada pelo pai. Depois que a fábrica foi vendida, mais de 30 anos atrás, fez loteamentos e se aposentou.

Nos anos 50, realizou uma viagem até os EUA com amigos empresários. Como um deles conhecia o arranjador de Frank Sinatra, foi um passo até encontrarem pessoalmente o cantor, em sua casa.

A família guarda fotos do encontro. Joca manteve contato com Sinatra por correspondência e o reencontrou na visita do artista ao Brasil.

Por causa da amizade de seu irmão Zeca com Vinícius de Moraes, conheceu também o compositor e outros nomes da música brasileira.

"Meu pai gostava de música boa: Tom Jobim, Vinícius, Tony Bennett, Duke Ellington", conta o filho Fernando.

Tinha uma coleção enorme de discos, alguns raros. Gostava de cantar ("sua voz era boa, afinada") e dançar. Educou musicalmente toda a família, até os netos, contam.

Alegre e bem-humorado, adorava reunir as pessoas.

Teve problemas circulatórios e ficou quatro meses na UTI, acompanhado de um iPod. Morreu no sábado (18), aos 83, de choque séptico. Teve três filhos e nove netos.

A missa do sétimo dia será na segunda, às 11h, na igreja São José, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br

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