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Eugênia Frisoni Comenale (1922-2012)

A italiana e a pintura em tapeçaria

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

A italiana Eugênia Frisoni Comenale estava sempre com as mãos ocupadas com algum trabalho, como lembra a família. A filha Madalena brinca que a mãe fazia tricô até no trânsito, enquanto aguardava o sinal vermelho abrir.

Nascida em Gênova, veio ao país aos 11 anos. O pai, no começo, trabalhou nas industrias Matarazzo, na capital.

Era de uma família com forte veia artística. Seu pai escrevia bem, sua mãe fazia trabalhos manuais e a irmã tornou-se pintora e escultora.

Em 1943, Eugênia -descrita como muito bonita- casou-se com o administrador Carlos Maria Comenale, que ela conhecia desde pequena, pois as famílias eram amigas.

Há muito anos, conseguiu o apoio de um banco para um projeto social. Passou a reproduzir em tapeçaria de tamanhos variados quadros de pintores famosos. As peças eram vendidas, e o dinheiro doado a famílias carentes.

Conseguiu arrecadar renda suficiente para a construção de 30 casas para moradores de favelas de São Paulo, como lembra a filha.

Também fazia flores com miçangas e pérolas que foram usadas por costureiros em algumas coleções de roupa.

Voltou algumas vezes para Gênova, para visitar. Gostava de jogar bridge e participou de competições da federação paulista. Todo Natal, a filha recebia em casa cestas que ela ganhava no jogo.

Era simpática e esperançosa, diz a família. Viúva desde 1988, morreu no domingo (19), aos 89, de complicações de saúde. Teve dois filhos, dois netos e dois bisnetos.

A missa do sétimo dia será hoje, às 19h, na igreja São Pedro São Paulo, na capital.

coluna.obituario@uol.com.br

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