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Sérgio Zuccolotto (1943-2012)

Um estudioso das células hepáticas

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

O menino que nasceu no interior de São Paulo em 1943 e cresceu em meio a cafezais e canaviais fez seu legado cercado de livros e microscópios.

A vida de Sérgio Zuccolotto, 69, foi dedicada ao estudo da regeneração das células, em especial as hepáticas, que formam o fígado.

Filho de agricultores, formou-se em medicina em 1969 na USP de Ribeirão Preto (SP), onde nasceu. Na cidade, conheceu a mulher, Ivone, 65, com quem conviveu durante 41 anos de casamento.

Zuccolotto dedicou quase 50 anos à USP. Além da graduação, fez mestrado e doutorado na mesma instituição e foi buscar o pós-doutorado em Oxford, na Inglaterra, de onde voltou em 1982.

Estudioso, dedicado e um tanto calado, segundo amigos e familiares, foi responsável por 238 trabalhos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais.

O médico assinava sua produção acadêmica com o sobrenome de nascimento -Zucoloto, com apenas um "c" e "t". A grafia era diferente devido a um erro do cartório.

Segundo o filho mais novo, o publicitário Rodrigo Zuccolotto, 35, o pesquisador corrigiu o registro há 18 anos, quando conseguiu a cidadania italiana, mas como já tinha uma produção acadêmica, preferiu manter a escrita.

Morreu na quarta, após lutar contra um câncer no fígado por seis meses. Deixa viúva, três filhos e dois netos.

Herdeiro de uma fazenda de café e cana, pediu para que as cinzas fossem jogadas nas plantações da família.

A missa do sétimo dia será hoje, às 19h30, na igreja Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Ribeirão Preto.

coluna.obituario@uol.com.br

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