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Para motorista, ciclista morta era consciente

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

O motorista de ônibus José Carlos Lopes, 54, que atropelou e matou a bióloga Juliana Ingrid Dias, 33, na sexta-feira na avenida Paulista, diz que ela era uma ciclista consciente e educada no trânsito.

"Faz uns três anos que eu estou na mesma linha e lembro muito bem dela porque era consciente no trânsito, sempre dava a mão quando ia mudar de faixa, parava nos faróis, andava com os equipamentos de segurança. Ela tinha noção do espaço dela", conta Lopes.

Para ele, dividir o espaço na Paulista com os ciclistas é complicado. "Têm muitos ciclistas que andam certo, mas têm vários imprudentes." Lopes ainda não voltou ao trabalho, pois terá de passar por um curso de reciclagem.

Ele disse que se sente "aliviado" por não ser responsabilizado pelo acidente. "Graças a Deus apareceram testemunhas que confirmaram que eu não fiz nada errado".

INVESTIGAÇÃO

O motorista de outro coletivo, Reginaldo Santos, 36, foi indiciado sob suspeita de homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Segundo testemunhas, ele fechou Juliana duas vezes e, na sequência, ela perdeu o controle da bicicleta e caiu embaixo do ônibus de Lopes.

A Folha não conseguiu contato com Santos. À polícia ele negou ter fechado Juliana. Ele foi solto após pagar fiança.

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