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Ministério lança campanha contra a obesidade infantil Cerca de 5 milhões de alunos serão pesados e orientados; objetivo é evitar 'geração de hipertensos e diabéticos' PAULO PEIXOTODE BELO HORIZONTE FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A obesidade em crianças e adolescentes será tema de uma campanha anual do Ministério da Saúde que envolverá, neste ano, cerca de 5 milhões de estudantes de escolas públicas do país. Até sexta, equipes vão pesar os alunos, calcular o índice de massa corporal e fornecer orientação nutricional. Estudantes com excesso de peso poderão ser encaminhados a unidades de saúde. A Semana de Mobilização Saúde na Escola é voltada a alunos de 5 a 19 anos de 22 mil escolas em 1.938 municípios (cerca de um terço das cidades do país). Segundo o secretário nacional de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o objetivo é evitar "uma tragédia futura, que é uma geração de obesos, hipertensos e diabéticos." Endocrinologistas dizem que as ações são necessárias, mas avaliam que houve demora na percepção do problema. Em 2009, uma em cada três crianças com idade entre cinco e nove anos tinha peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE. Entre os jovens de 10 a 19 anos, 20% eram obesos. Outra crítica é em relação à duração do programa. Segundo Márcio Mancine, Coordenador da Liga de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas, uma semana é pouco, pois mudar hábito alimentar é complexo e demanda acompanhamento. Ele, porém, elogia a iniciativa voltada para a prevenção, não só ao tratamento. A presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), Rosana Radominski, diz que boa alimentação deve fazer parte do currículo escolar naturalmente. "Em vez de estudar frações com pizza deveríamos usar maçãs." PARTICULARES Escolas particulares se adiantaram à iniciativa e promovem orientação constante. O Colégio Stace Dual (Bela Vista) envia bilhetes para os pais orientando a respeito de alimentação saudável quando uma criança traz doces, refrigerantes ou alimentos pouco nutritivos na lancheira. Já o Colégio Castanheiras (Tamboré) adicionou alimentos orgânicos. As crianças também participam de gincanas, cuidam de uma horta e da preparação de comidas. No Colégio Oswald de Andrade, na Vila Romana, a preocupação com alimentação veio dos pais há três anos. A escola procurou a Nutricall, que prepara refeições feitas sob cuidados nutricionais, e retirou as frituras da mesa. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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