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Conselho defende punição de líder dos bombeiros no Rio

Para oficiais, Daciolo 'manchou a honra da corporação' com a paralisação

A conclusão dos oficiais será levada para comandante; ele decidirá se grevista será expulso dos Bombeiros

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

O cabo Benevenuto Daciolo, 35, líder dos bombeiros, foi considerado "culpado" pelos três oficiais do Conselho de Segurança que julgaram sua participação no movimento grevista da corporação, no Rio de Janeiro.

Durante 18 dias, os oficiais analisaram a participação de Daciolo na greve. Por unanimidade, decidiram que ele "manchou a honra da corporação ao participar de movimento reivindicatório por melhores salários".

EXPULSÃO

A conclusão do conselho será encaminhada ao comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, que decidirá se o cabo será expulso da corporação.

A Corregedoria dos Bombeiros anexou ontem uma nova documentação sobre o caso ao processo que decide o futuro do cabo -o teor não foi revelado.

Tanto o conselho como a defesa de Daciolo terão três dias para analisar a documentação. Após esse período, o conselho vai entregar o relatório ao comandante.

Assim que receber a documentação, Simões então terá cinco dias corridos para decidir a punição do cabo.

Na semana passada, advogados do cabo solicitaram a prorrogação de prazos para a defesa e o depoimento de testemunhas, mas os pedidos foram negados. O procedimento para decidir o caso não foi suspenso nem no Carnaval.

Os conselhos de disciplina dos Bombeiros e da PM não decidem a expulsão, mas servem como parâmetro para que os comandantes resolvam o que fazer. O conselho apenas aponta se o servidor é "inocente" ou "culpado".

Mesmo a notificação de culpa não significa expulsão. Ele pode receber uma anotação em sua ficha (o que atrapalharia futuras promoções) ou ser punido com prisão administrativa.

DEFESA

"Vamos aguardar a decisão do comandante. Se houver a penalidade máxima, que é a expulsão, vamos recorrer", disse a advogada Grace Santos Martins, que defende o cabo Daciolo.

Procurado, o Corpo de Bombeiros informou que não vai se pronunciar enquanto o processo ainda estiver em tramitação.

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