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Ambulante morre, e estudante é baleado em frente à Uninove

Aluno, que estava no intervalo da aula, foi ferido no braço; camelô foi assassinado com 4 tiros

Identificado, suspeito do crime não foi preso; família diz que disputa por um ponto de venda motivou o assassinato

ADRIANO BRITO
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Um camelô morreu e um estudante foi baleado no braço por conta de uma briga entre ambulantes em frente à universidade particular Uninove na avenida Adolfo Pinto, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Os crimes aconteceram por volta das 21h de anteontem.

O ambulante Jarbas Cavalcante Souza, 44, que vendia cachorro quente na sua Kombi em frente à universidade, deixava uma sala onde guardava mercadorias quando um outro camelô, que também trabalhava na rua, passou em uma camionete, fez vários disparos contra ele e fugiu.

Essa versão foi contada à Folha por Pedro Cavalcante Souza, que é irmão da vítima.

Um filho de Jarbas presenciou o crime, segundo a polícia. Quatro disparos atingiram o ambulante: na cabeça, no braço direito, no tórax e na região do baço.

Uma bala perdida acertou o braço direito de um estudante de 19 anos da universidade que estava na rua na hora do intervalo da aula.

No horário do crime, a via, próxima ao cruzamento com a avenida Francisco Matarazzo, estava lotada de alunos e camelôs, como ocorre todas as noites.

Houve pânico e correria e vários ambulantes tentaram entrar na universidade para fugir dos disparos. Porém, eles foram impedidos pelos seguranças da instituição.

De acordo com o irmão da vítima, o motivo da briga entre os ambulantes seria uma disputa por um ponto de vendas de batata frita. A vítima e o suposto assassino eram concorrentes, ambos vendiam os mesmos produtos havia mais de dez anos.

"Eles chegaram a brigar antes, o assassino do meu irmão foi embora e premeditou o crime", disse Pedro Souza.

O ambulante foi levado ao pronto-socorro da Barra Funda, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Já o estudante foi encaminhado à Santa Casa onde ficou internado até ontem. Ele não corre risco de morte, conforme informação da Polícia Civil.

Até a noite de ontem, o ambulante que atirou em Jarbas e no estudante não havia sido preso. Apesar de ter sido identificado, o nome dele não foi divulgado pela polícia.

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