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Contrato de denunciadas por propina é suspenso

'Fantástico' mostrou esquema em licitação

DO RIO

O Ministério da Saúde publica hoje uma portaria suspendendo, imediatamente, todos os contratos em vigor de hospitais do país com as empresas Toesa Service (locadora de veículos); Locanty Soluções (coleta de lixo); Bella Vista Refeições Industriais; e Rufolo Serviços Técnicos e Construções.

Representantes dessas empresas foram denunciados em uma reportagem do "Fantástico", da Rede Globo.

As imagens mostram pessoas ligadas às empresas oferecendo propina para obter benefício em licitações e assim prestar serviços ao hospital pediátrico da UFRJ (Universidade Federal do Rio).

O ministério ainda fará levantamento sobre outros contratos das empresas com o governo federal. Há conhecimento, no momento, de apenas um: da Bella Vista com o Hospital do Andaraí, no Rio.

Ao mesmo tempo, a oposição começou a coletar assinaturas para instalar a CPI da Saúde no Senado.

SUSPENSÃO

Com a suspensão, será convocado um pregão eletrônico para escolher fornecedores.

Ainda haverá um levantamento em todos os contratos firmados pelos sete hospitais federais do país.

O governo do Rio e a prefeitura da capital também decidiram cancelar os contratos com essas empresas.

A Polícia Federal abriu quatro inquéritos, um para cada uma das companhias, em que investigará fraudes em licitação, formação de cartel e corrupção.

Procuradas pela Folha, as quatro empresas preferiram não se pronunciar.

"Vamos apurar todos os contratos com órgãos públicos desde 2009 que tenham sido feito por essas empresas. São fatos repugnantes que não causam surpresa à PF, que vem fazendo um trabalho sobre desvios de recursos públicos", afirmou o delegado Victor Poubel, da PF.

A CGU (Controladoria-Geral da União) e o Ministério Público Federal no Rio também investigam os contratos.

As gravações demoraram dois meses -o repórter se passou por responsável pelo setor de compras.

"Todo comprador é visto como desonesto. Quis mostrar que as coisas são bem diferentes", contou Edmilson Migowski, diretor da unidade que sabia da reportagem.

Por meio de nota, a Associação das Empresas Prestadoras de Serviços repudiou a prática informando que a denúncia da reportagem é uma "exceção e não uma regra".

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