Índice geral Cotidiano
Cotidiano
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Faltam médicos e até colchões no hospital do Campo Limpo

Uma das principais unidades da zona sul está com a UTI pediátrica fechada e sem material para cirurgia

Corredores estão com pacientes acumulados em macas; nos quartos há camas vazias por estarem sem colchões

TATIANA SANTIAGO
DO “AGORA”

Pacientes em macas nos corredores. Quatro meses sem cirurgia ortopédica por falta de material. Leitos sem uso por falta de colchões. UTI pediátrica fechada há um ano e três meses. Quadro de funcionários com 119 médicos a menos. Ambulância parada por falta de macas. Essa é a situação atual do Hospital Municipal do Campo Limpo, considerado uma das principais unidades de saúde pública da zona sul da capital.

A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica, que fica no sexto andar do prédio, está com as portas trancadas desde que passou por uma reforma. O setor deveria ter voltado a funcionar em janeiro do ano passado, quando as obras foram concluídas. No entanto, a falta de pediatras com especialização na área impediu a reabertura.

Enquanto isso, crianças são transferidas para outros hospitais, apesar de existirem equipamentos na unidade.

A falta de médicos é outro grave problema na unidade. De um quadro de 490 profissionais, apenas 371 trabalham no local atualmente. Na área de pediatria, são apenas 16 pediatras de um total de 28. O hospital tem ainda uma defasagem de pelo menos 70 auxiliares de enfermagem.

A reportagem esteve no hospital anteontem e flagrou corredores cheios de macas. No horário, oito pacientes aguardavam deitados no local nas camas improvisadas. O motoboy Milton de Almeida, 29, trincou o fêmur após se envolver em um acidente de trânsito. Internado desde o dia 14 de março na sala de emergência da unidade, ele foi levado para o corredor no último sábado, pois a sala em que estava ficou muito lotada. "É muito constrangedor".

O hospital também está sem material para fazer cirurgias na área de ortopedia. A informação foi confirmada por médicos, que disseram que a falta de insumos ocorre há quatro meses, período em que não é feito nenhum procedimento cirúrgico. Segundo os médicos, é preciso aguardar a licitação para compra do material.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.