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Governo paga para sitiante preservar área DE SÃO PAULOO colapso do abastecimento de água na Grande São Paulo só será evitado com três grandes conjuntos de ações, concordam governo, especialistas e terceiro setor. Frear a ocupação e a degradação dos mananciais é um dos problemas que precisam ser enfrentados, diz Renato Tagnin, especialista em planejamento ambiental. "O que tem sido feito até agora está muito longe de ser a solução. Parece que estamos enxugando gelo", diz. Neste contexto, o pagamento por serviços ambientais é uma ferramenta considerada moderna, que poderá ajudar na preservação dos mananciais brasileiros. Na prática, o governo paga para os produtores rurais que preservarem, em suas propriedades, as florestas que cercam as represas. Nos municípios de Nazaré Paulista e Joanópolis, que ficam na área do sistema Cantareira de produção de água, existe um projeto-piloto promovido pelo governo de São Paulo, com auxílio de ONGs. Dez produtores rurais da região vão receber, em três anos, entre R$ 270 e R$ 10.998 pelos serviços ambientais que prestam. O valor está vinculado ao tamanho da propriedade e às medidas de preservação ambiental. O maior valor vai para quem protege as chamadas áreas de proteção permanente. OUTRAS AÇÕES Outra frente a ser atacada é o desperdício. O sistema Sabesp perde 25,6% de sua produção (de 69 mil litros por segundo), com vazamentos e ligações clandestinas, por exemplo. Isso faz também com que a a empresa receba apenas por metade da água distribuída -entram nessa conta de não-pagamento situações como a água usada pelos bombeiros. O combate ao desperdício de água deve abranger desde a captação até hábitos cotidianos, como a redução de tempo no banho. O incentivo à reutilização da água também é necessário -em casa, pode ser usada para fins como lavagem de garagem e uso na descarga. Muitas empresas paulistas já adotam o sistema de reúso em suas produções. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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